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27 de jun. de 2013

A VOLTA DOS VELHOS POLÍTICOS

Ante a ausência de quadros politicos em nosso país, sem o surgimento de lideranças capazes de catalisar os anseios da comunidade, angariando sua confiança e governando nosso país com seriedade e competência, em busca de um desenvolvimento real, com efetivos avanços na questão social e principalmente com a aplicação de uma política econômica que leve o país a um crescimento real , politicos que já governaram ou tentaram governar este país, reuniram-se em uma ampla Assembléia Celestial com a finalidade de se discutir a possibilidade de um deles retornar e tentar colocar ordem na casa, colocando fim as manifestações de rua e buscando atender ao clamor popular que exige maior atenção a saúde e a educação. A surpresa na Assembléia foi geral, pois não se encontrava ninguém disposto a encarar o desafio e cada um que era consultado, arrumava um monte de desculpas para não aceitar o retorno.

O primeiro a ser consultado foi D. Pedro I, que alegou que não poderia voltar, por ainda ter muitos pecados a pagar e o principal deles era o da Independência do Brasil que não surtiu os efeitos desejados e desta forma, tem receio de sofrer represálias pelo gesto que hoje considera que foi prematuro e impensado. Além disso, sentiria muita tristeza por não mais poder se banhar nas águas límpidas do riacho do Ipiranga, para desconsolo do pintor Nando Antunes que gostaria de pintá-lo ao se banhar. Consultados, tanto Getulio Vargas como Adhemar de Barros, declinaram da proposta, alegando que o povo estava mais consciente e somente poderiam pensar na hipótese se fosse aprovada a PEC-37, tirando poderes do Ministério Público, evitando desta forma que fossem processados e condenados por crimes cometidos no passado, e mesmo se tal ocorresse, não demonstram interesse em voltar, considerando as leis hoje existentes e que exigem transparência com o gasto do dinheiro público.

Com receio de que aceitassem, foram consultados os militares Castello Branco, Costa e Silva, Médici e Figueiredo que declinaram da proposta, alegando em síntese de que não conseguiriam governar um pais democrático, sem mandar prender, exilar e matar quem se atrevesse a contestar e somente pensariam nesta hipótese se fossem desativadas todas as Comissões da Verdade implantadas no país e se com eles pudessem levar Erasmo Dias e Sergio Fleury, para aplicarem os corretivos necessários aos contestadores de hoje.

A busca de um nome que retornasse para pacificar a pátria e fazer com que esta voltasse a trilhar no caminho do desenvolvimento, da ética e da responsabilidade, era sempre retomada com a desistência dos nomes consultados e acabaram lembrando-se Jânio Quadros que dormia em uma das poltronas confortáveis do auditório. Acordado e convidado, rechaçou a proposta, alegando que tinha um contrato de longa duração como garoto propaganda da Cachaça Celestial de Santo Onofre e não pensava em hipótese em reincidi-lo, mesmo porque recebia aguardente de altíssima qualidade, envelhecidas nas grutas santificadas do paraíso e disto, não abriria mão. Não voltaria de modo algum.

Lembraram-se daquele que se intitulava como o Senador dos Trabalhadores, entretanto, para surpresa geral, Montoro declinou do convite, afirmando que precisava concluir um Curso de Memória, para depois pensar no que fazer e com certeza, o momento não era oportuno, pois nem se lembra do que seja povo ou mesmo governo. Desalentados com tantas negativas, resolveram consultar Leonel Brizola, o caudilho dos pampas e este aceitou, desde que viesse na base da troca. Ele voltaria e o tal de Paulinho da Força iria para o seu lugar em companhia do Carlos Luppi, pois não conseguiria conviver com estes , no mesmo espaço. Proposta não aceita, retornaram a estaca zero e céticos quanto a possibilidade de encontrarem alguém disposto a retornar e assumir o comando do país.

Neste momento, nem pensar em Jango e a lembrança de Brizola já tinha sido uma temeridade.

Estranharam a ausência de Golbery do Couto e Silva e de Carlos Lacerda na Assembléia, e foram informados de que ambos estavam proibidos de participarem de reuniões públicas, depois que a Policia Política Celestial, descobriu articulações por eles realizadas com o intuito de efetivarem um Golpe para derrubada de São Pedro. Ante a continuidade do espírito antidemocrático de ambos, acabaram sendo descartados. Acabaram-se por recordar do quieto Juscelino, entendendo que seria uma boa solução o seu retorno, afinal, hábil político poderia colocar um fim a crise. Para surpresa geral, o mineiro também declinou do convite, preferindo indicar para o seu lugar, o igualmente mineiro Tancredo Neves e este como político matreiro, acabou por fazer a mesma exigência de Brizola, viria se o neto Aécio o substituísse no paraíso celestial. Alegou não poder conviver com quem usava seu nome e ao mesmo tempo, adotava praticas tão diversas das suas.

O impasse continuava, restando poucas chances de ser encontrado um nome com capacidade para o desejado retorno e consequente colocação em ordem desta casa chamada Brasil. Depois de muito discutirem, chegaram a conclusão que era chegada a hora de ser dada oportunidade a verdadeira esquerda de governar o pais. Consultados os lideres Prestes e Marighela, estes ouviram atentamente e pediram um prazo para que pudessem terminar o Congresso Celestial destinado a unificação das esquerdas, para que pudessem assumir de forma organizada e sem dissidências. Considerando que tal Congresso, está sendo realizado há décadas sem ser concluído, o desanimo voltou a tomar conta de seus idealizadores.

Por fim, recordaram-se de Mario Covas e este ao ser convidado, realizou um veemente e comovido discurso, onde buscou demonstrar que não poderia voltar neste momento, pelo fato de estar ocupado com um projeto de altíssimo interesse para o paraíso celestial e que lhe tomava todo o seu tempo e sem prazo certo para conclusão. Com a oferta de lugares no céu, crescendo com as ofertas de Edir Macedo, Valdomiro e Feliciano, São Pedro quer implantar o pedágio divino e solicitou que Covas com sua experiência no assunto, implantasse o novo sistema.

A sorte do povo brasileiro é que os Fernando’s, tanto o Henrique como o Collor, ainda continuam neste plano, pois se tivessem partido, com toda a certeza aceitariam voltar, para desespero de nosso povo que se tivesse de escolher entre um Fernando, talvez inclinasse pelo Beira Mar. Incrível a cara-de-pau e o oportunismo destes que já tiveram a oportunidade de governar nossa pátria, referendados por amola maioria dos votos populares e nada fizeram, a não ser a incessante busca de benesses pessoais para si , parentes e correligionários e hoje, apostam na falta de memória do povo brasileiro para tentarem voltar ao cenário político nacional. Claro está que existem falhas no atual governo e que necessitam urgente serem corrigidas, e uma delas indubitavelmente é o de se manter refém dos parias da sociedade, os conhecidos politicos rolha que jamais afundam, sempre se mantendo a sombra do poder e as vantagens que este oferece. Por ocasião do episódio chamado indevidamente de mensalão, indevido pois e nenhum momento ficou comprovado que os senhores parlamentares recebiam mensalmente, qualquer importância para se manterem dóceis ao poder, Lula dizia que estaria cortando a própria carne e adotando as providencias cabíveis para buscar estancar e investigar a questão. Entendemos que é chegada a hora da presidenta Dilma cortar a carne apodrecida seu governo, mandando passear o pessoal do PR de Waldemar da Costa Neto; do PP de Paulo Maluf; do PSD de Gilberto Kassab; do PSC de Marcos Feliciano e outros oportunistas históricos. É passada a hora de separar o joio do trigo e com certeza, casos estes partidos e seus deputados de aluguel queiram organizar represália, obstaculizando a tramitação de projetos no Congresso Nacional terão a resposta popular e enfiarão a viola no saco. Passa na hora de Dilma e o PT, retornarem as suas origens e defenderem de forma intransigente o interesse da maioria da população nacional.

A crise atual, com manifestações de desagrado e cenas de selvageria tem origens mais que conhecidas e brotaram, indiscutivelmente, da direita raivosa e rancorosa com os avanços sociais conquistados nos últimos anos e o pior, conseguindo fazer da nossa juventude, verdadeira e autentica massa de manobra.

Os da minha geração, não podem aceitar passivamente a expressão de que o “gigante acordou”, pois nós nunca estivemos coniventes com a situação nacional e saímos as ruas, levamos bordoadas da policia, perdemos companheiros nas câmaras de tortura em busca da liberdade e da democracia, e hoje, uma minoria tenta jogar estas conquistas na lata de lixo da história, solicitando a volta dos militares ao poder. Não sabem os jovens que hoje endossam esta iniciativa direitista o que é viver sob o jugo de militares, ávidos por poder e dinheiro.

Pela defesa das conquistas populares, tenham a certeza de que minha geração voltará para as ruas com armas na mão ou não.

Liberdade, sempre, sem vandalismo e depredações.

7 de jun. de 2013

AUMENTA A BASE ALIADA

O PT e a presidenta  Dilma Roussef vão pavimentando o caminho para a reeleição. E depois de acertarem com o PSD de Gilberto Kassab, com a polemica nomeação do vice-governador paulista Guilherme Afif Domingues para comandar a Secretaria Nacional das Micro Empresas, chegou a vez do PTB indicar um representante no chamado primeiro escalão do governo federal e o escolhido foi o presidente nacional do partido, ex-deputado Benito Gama que com as bênçãos de Roberto Jeferson está  sendo indicado como vice presidente de governo do Banco do Brasil. Desta forma, Dilma traz para sua futura coligação um aliado histórico do PSDB, aumenta seu tempo de rádio e TV e diminui o poder de fogo dos tucanos. Além de PSD e PTB, já havia anteriormente apaziguado os outrora rebeldes PR e PDT, conduzindo no inicio de abril, o PR de volta a explanada dos Ministérios com a nomeação de César Borges para o Ministério dos Transportes e prestigiou a direção nacional do PDT ao nomear Manoel Dias para o Ministério do Trabalho. O ex-deputado Roberto Jeferson, autor das denúncias que desencadearam o processo do chamado mensalão afirmou que realmente, com esta indicação o PTB fica muito de próximo de Dilma na disputa de2014 e que esta é a vontade da maioria do partido e das bancadas da Camara e do Senado, e que existiu pressão das bancadas que continuam a se relacionar com  governo. Além da vice presidência do Banco do Brasil, o PTB deverá ganhar o governo do Rio Grande do Norte, com a governadora Rosalba Ciarlini negociando sua saída do DEM, para se perfilar na base aliada de Dilma. Se quando de sua fundação, o PT rechaçava coligações, buscando manter um chamado purismo ideológico, hoje, atua de forma pragmática para se manter no poder, levando para seu lado na administração partidos e politicos que sempre foram seus adversários, desprezando na pratica a questão ideológica. Coisas da política brasileira que com certeza nem Maquiavel  entenderia e que, acabam transformando a administração em uma verdadeira colcha de retalhos.