23 de set. de 2013

A LUTA PELA FILIAÇÂO DE POSSÍVEIS CANDIDATOS.

Setembro vai chegando ao seu final e o prazo de filiações para aqueles que pretendem ser candidatos no próximo ano encerra-se no início de outubro, esperando-se que as movimentações intensifiquem-se nos próximos dias, tanto por parte dos pré-candidatos declarados como por parte dos partidos interessados em fortalecerem suas chapas para as eleições de 2014. O PTB realizou reunião no último sábado que contou com a presença do astronauta bauruense Marcos Pontes, candidato declarado a deputado e que ainda não definiu a legenda por qual concorrerá e muito embora assediado pelas lideranças trabalhistas, ainda não se filiou. Igualmente era esperada a presença do Padre Beto, outro que está sendo assediado por diversas legendas, sem definição se participará ou não das disputas. Na vizinha Agudos, Carlão Octaviani continua sem partido, muito embora seja candidatissimo e seu sobrinho, Everton tem manifestado desejo de ser candidato a Assembléia Legislativa,  e ambos estariam buscando uma legenda palatável, onde a eleição possa ser garantida com menor número de votos. Muitos dos prés candidatos, apostam em legendas menores, onde acreditam que o número de votos para alcançar a vitória não seja alto, entretanto, para que tal aconteça, torna-se necessário que os chamados nanicos possuam puxadores de votos, como o extinto PRONA teve com Enéas e o PTC, com Clodovil Hernandes, no passado. O PSB parece apostar suas fichas no ex-deputado e ex-prefeito Tidei de Lima que recentemente foi escolhido pela direção estadual do seu partido, como o coordenador regional da legenda. Os tucanos buscam um nome para dobrar com Pedro Tobias e ao que parece encontram dificuldades, face ao alto número de votos necessários para conseguir a eleição para deputado federal no partido.Os próximos dias serão fundamentais e decisivos para a definição destes que estão indecisos sobre o caminho a seguir. O que se espera é que estes possíveis candidatos, além de se filiarem ao partido que considerem em melhores condições para lograr êxito nas urnas, também apresentem propostas concretas daquilo que pretendem realizar, caso eleitos.

A VERDADE COMEÇA A APARECER

Devagar, com certa morosidade, a real história brasileira referente ao período em que o Brasil foi governado pelos militares – 64 à 85 -, vai sendo recontada e consequentemente com grandes possibilidades de ser reescrita com fidelidade. Papel importante neste aspecto tem sido das Comissões da Verdade instaladas por todo o país, que vem levantando documentos oficiais e colhendo depoimentos sobre o período. Na última sexta-feira, audiência pública realizada pela Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, coordenada pelo jornalista Ivan Seixas, em parceria com a Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, revelou fatos ainda desconhecidos do grande público e da própria comunidade acadêmica, interessada em estudar o período da ditadura militar. A mais estarrecedora delas é que as prisões e torturas, eram realizadas por ordem direta da Presidência da República e que, se algum torturador avançasse o sinal, sem ordens, era punido.As informações desmistificam as informações até hoje predominantes deque os generais presidentes não sabiam aquilo que são chamados popularmente de porões da ditadura, que na realidade seriam sotões, com pleno conhecimento e apoio dos comandantes militares. Foram apresentados documentos em que fica claro e nítido que o aparato da repressão funcionava com base em uma cadeia do comando e em um cronograma do Estado. Segundo as pesquisas desenvolvidas pela comissão paulista, o sistema no estado de São Paulo, funcionava a partir da Operação Bandeirantes – OBAN e chegava ao ditador de plantão. A OBAN se reportava ao Destacamento de Operações de Informações – DOI -, e a cadeia de comando seguia na seqüência: Centro de Operações de Defesa Interna – CODI -, Chefia do Estado Maior do II Exército, Sistema Nacional de Informações – SNI e, por fim, presidente da República. Importante, sobre todos os aspectos, notadamente o histórico, os trabalhos de pesquisas desenvolvidos, visando, sobretudo, estabelecer a verdade, sobre este período obscuro da história brasileira.

AÉCIO NEVES E A CAMPANHA DO FAZ DE CONTA.

Durante o programa eleitoral do PSDB exibido na ultima quinta-feira, a van que conduzia o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, ultrapassou um caminhão, em faixa continua, na contramão. A manobra exibida é considerada uma infração gravíssima, segundo o artigo 203 do Código de Transito, com multa de quase R$ 200 reais para o infrator. O programa teve o senador e postulante à Presidência da República como estrela principal, e no momento da infração o programa mostrava seu deslocamento do Ceará para Mato Grosso, como se Aécio estivesse viajando de van.Depois de exibido o programa, mostrando a infração de transito, o PSDB afirmou por meio de sua assessoria, que o senador não se encontrava no veiculo na hora da filmagem e que não se pronunciaria sobre o caso. Igualmente, a produtora responsável pelo programa, afirmou que as filmagens foram realizadas posteriormente a visita do pré-candidato a Mato Grosso, servindo como imagens ilustrativas, muito embora, no programa, dava-se a entender que o presidenciável viajava pelo Brasil a bordo da Van, para conhecer mais de perto os problemas de nosso país. Não custa recordar que não é a primeira vez que o senador mineiro envolve-se com polêmicas relacionadas a trânsito e tempos atrás, na cidade do Rio de Janeiro, teve problemas com o bafômetro e igualmente, a época, não quis conversar com a imprensa, passando a tarefa para sua assessoria.
O anúncio, realizado durante o programa de que Aécio estava viajando pelo país com uma Van, agora desmentido em virtude da infração gravíssima de transito leva-nos a crer que sua pré-campanha é realizada no país do faz de conta, da boneca Emília do Sitio do Pica-pau Amarelo. Fizeram de conta que viajou de carro e correram a se desmentir, quando pilhados em situação irregular. Lamentável toda esta situação, afinal, o brasileiro precisa acima de tudo, de candidatos que sejam transparentes, éticos, em condições de assumir o comando de nossa pátria e com certeza, estes tipos de efeitos especiais, visando aproximar qualquer candidato dos eleitores, vendendo sua imagem de homem de hábitos simples, em nada colabora para o aperfeiçoamento do regime democrático.
Ou, não?