Face as manifestações contrárias das entidades representativas dos médicos, embora não reconheça o fato, o governo federal desistiu de continuar as tratativas com o governo cubano com a finalidade de trazer médicos daquele pais para atendimento em cidades e regiões que não possuem profissionais da área da saúde e a partir de agora, tentara atrair médicos e espanhóis para suprir esta necessidade urgente de considerável parcela do povo brasileiro. Nem o Ministério da Saúde e nem o Itamaraty, que havia anunciado a tratativa em maio e agora anuncia que as negociações estão congeladas, explicam o motivo das mudanças de planos e nada dizem a respeito de agora não conceder tratamento prioridade a Cuba, já que este país preenche os principais requisitos do programa pois possui médicos bem acima dos índices recomendados pela Organização Mundial de Saúde e a língua é próxima do português, recordando que ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, em maio, ao anunciar as tratativas, declarou que "Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico" e o Ministério da Saúde informa que mudou a estratégia e vai buscar atrair médicos como pessoa física, priorizando Espanha e Portugal, descartando a oferta de seis mil profissionais feita pelo governo cubano, nos moldes que a ilha faz atualmente com a Venezuela, onde atuam médicos cubanos. O “xis” da questão parece ser outro, e a grande verdade é que a vinda de médicos da ilha comunista não foi digerida por amplos setores conservadores da sociedade que desconhecem ou fingem desconhecer o trabalho desenvolvido pelos cubanos no Haiti e em países africanos, erradicando epidemias e melhorando a condição de saúde do povo, embora em contra partida, os programas sejam criticados por organizações de direitos humanos e considerados escravagistas, pois estes profissionais são contratados juntos ao governo cubano que é o responsável pelo pagamento dos profissionais e é acusado pelos conservadores de reter boa parte do salário e impor regras restritivas a liberdade destes médicos. Uma única coisa é certa, considerável parcela do povo brasileiro é carente de atendimento médico e queiram ou não os conservadores, seja com médicos cubanos ou espanhóis, este povo precisa de atendimento médico.