17 de set. de 2013

CORPORATIVISMO DE BRANCO!

Branco na simbologia popular significa pureza e infelizmente, tal significado não se reflete na grande maioria dos profissionais da medicina, que ao longo de suas carreiras profissionais esquecem-se do juramento da formatura e partem para o exercício mercantilista da profissão, além de buscarem com todas as forças a reserva de mercado. Criaram cooperativas médicas, com o objetivo de oferecerem planos de saúde para a população e mesmo cobrando caro as mensalidades, ainda cobram diferenças em todos os procedimentos médicos realizados, além de regionalizarem o atendimento. Desta forma, o segurado de Bauru se estiver em viagem, fora de sua região, não tem direito ao atendimento médico e sim, um pequeno desconto nos procedimentos que realizar. O apetite financeiro destas cooperativas é grande, e mesmo assim, muitos médicos cooperados reclamam com insistência da baixa remuneração. De outro lado, causa estranheza, as generosas doações que estas cooperativas efetuam para seus cooperados que resolvem disputar cargos eletivos. Nas últimas eleições municipais, na cidade de Bauru, dois dos vereadores eleitos receberam mais de R$ 70.000,00 ( setenta mil reais) em doações da UNIMED, em suas diferentes razões sociais. Qual seria o real interesse destas cooperativas em doarem dinheiro, que deveria ser revertido para a saúde de seus segurados, para campanhas eleitorais? Ora, este tipo de doações podem ser revestidas da legalidade, entretanto, afrontam a ética e a  moral, pois com certeza nenhuma Assembléia foi realizada com a finalidade de colher a opinião de seus segurados e se estes, concordam ou não com a doação. O que pretendem estas cooperativas, na busca de eleger representantes no legislativo? Garantir a reserva de mercado e buscar acabar de vez com o sistema público de saúde?  Só queria entender! Alguém poderia me explicar?

TIREM A MÃO DO BOLSO DO POVO!

Alegando que as tarifas cobradas pelo DAE é uma das mais baratas do Brasil, o prefeito Rodrigo Agostinho declarou ao Jornal da Cidade que não deixará de atender ao pedido de aumento da autarquia que deve solicitar o índice inflacionário acrescido de um percentual que possibilite investimentos adicionais. Estudo tarifário realizado pela autarquia e apresentado ao prefeito na última sexta-feira aponta a necessidade de um aumento entre 9% e 12% nas tarifas. Rodrigo adianta que não deverá atender a solicitação integralmente, entretanto, defende a recomposição das tarifas e chegou a afirmar que não considera 10% um percentual elevado, afinal, a atual tarifa do DAE encontra-se defasada e não vai repetir aquilo que considera um erro dos anos anteriores, quando foi deixado de se realizar o estudo tarifário para se discutir a revisão da tarifa, acabando por acumular a defasagem, criando grandes dificuldades para se recompor a tarifa de uma só vez, prejudicando a tabela de serviços e a capacidade de investimento do DAE.
Interessante é que ninguém faz menção aos valores depositados no Fundo de Tratamento de Esgoto, que com a inclusão dos serviços em um PAC a fundo perdido por parte do governo federal, passa a ser objeto de cobiça por parte de diversos setores da administração municipal., devendo, entretanto ser utilizado pela autarquia para melhoria no sistema  de abastecimento d’água. É de conhecimento público que os problemas que nossa cidade enfrenta no setor não são referentes a captação do chamado liquido precioso e sim, na sua distribuição, visto que a rede antiga e sem conservação, repleta de vazamentos desperdiça grande quantidade da água captada e tratada de nossa cidade. Recursos para o serviço de modernização da rede distribuidora, o DAE tem de reserva com o FTE, não se justificando desta forma, cobrar ainda mais dos consumidores bauruenses. Nota-se uma fúria da administração municipal, na forma de aumento de taxas, tarifas e impostos para recompor seu caixa e desta forma, realizar investimentos. Ora , o bauruense não tem culpa  se a arrecadação diminuiu e não pode ser responsabilizada por isso. Não é verdade, prefeito?