E continua repercutindo na cidade a divulgação dos cargos existentes na municipalidade bauruense, seus ocupantes e salários recebidos, gerando controvérsia a constatação de altos salários, acima inclusive dos subsídios recebidos pelo prefeito, criando uma casta privilegiada dentro do quadro funcional. Somente na área da saúde, existem oito médicos que receberam mais que o teto maximo previsto pela legislação que é o de R$ 15.736,24, equivalente ao salário do prefeito e deste oito, um chega a R$ 18.233,05, entretanto, a prefeitura informa que nestes casos, o corte do salário é realizado automaticamente pelo sistema, com o servidor recebendo apenas o teto e a diferença fica nos cofres municipais, sem possibilidade de voltar ao funcionário. De outro lado, esta regra não é aplicada quando se trata de vantagens consideradas transitórias e não permanentes, como horas extras, plantões, salário família, licença premio recebida em pecúnia e outros itens que não são efetivados no salário. A reportagem do Jornal da Cidade, apurou que no mês de maio, um medico que possui salário fixo de R$ 16.167,13 acabou por auferir um total bruto de R$ 61.876,80 e com os descon tos, acabando recebendo o liquido de R$ 41.713,48 e outros salários brutos exorbitantes na mesma categoria, foram de R$ 47.859,60, R$ 24.818,98 e R$ 28.167,61, sendo que a maioria destes profissionais trabalham no Pronto Socorro Central e Pronto de Atendimento Infantil onde imperam o regime de plantões extras e as gratificações por produtividade. Mesmo com as autoridades garantindo a legalidade destes vencimentos, constata-se a existência de uma casta privilegiada dentro do serviço publico bauruense, podendo sim, serem chamados de marajás, face aos altos salários recebidos, jogando por terra as premissas de justiça e igualdade social.