Foi sepultado hoje em Bauru, um dos maiores jogadores de futebol que nossa cidade e o Esporte Clube Noroeste revelaram. O ex- jogador do Noroeste, Juventus, Napoli e Palmeiras, Agostinho Zeola faleceu ontem, em virtude de problemas renais aos setenta e nove anos de idade. Começou a jogar na várzea bauruense e logo chegou ao profissional do Noroeste, disputando a segunda divisão do campeonato paulista de 1953, que foi encerrado somente em 1954, transformando-se no herói da torcida noroestina quando no dia 24 de Maio marcou os dois gols da vitória alvirrubra contra o Marília, garantindo o histórico acesso do Norusca a elite do futebol paulista. Depois de jogar por quatro anos no Noroeste, Zeola transferiu-se para o Juventus da capital paulista e de lá para o Napoli da Itália. Retornou ao Brasil em 1961, contratado pelo Palmeiras onde atuou com destaque no início dos anos 60, Depois ainda jogou no Independiente da Argentina, Guarani, Fluminense, encerrando a carreira no Tupã. E por estes acasos do destino, em decorrência de uma contusão sofrida em um amistoso, acabou sendo cortado do grupo que disputou e venceu a Copa do Mundo de 62 no Chile. Para seu lugar foi convocado Amarildo que se tornou o titular, ante a contusão sofrida por Pelé, logo no início da competição. Herói e ídolo das torcidas dos clubes onde jogou, Zeola já não circulava pelas ruas de nossa cidade, apresentando problemas de saúde e seu nome já não é lembrado pelas novas gerações, assim como já ocorreu com o igualmente bauruense Mário Pedro, o Marinho. Muitos defendem a criação do Museu Pelé em nossa cidade, com a finalidade de se registrarem os momentos em que o “rei” aqui viveu. Com certeza, esta proposta poderia ser ampliada e instalado o Memorial do Esporte de Bauru, mostrando para as novas gerações as conquistas de bauruenses na área esportiva e principalmente, preservando a memória esportiva de nossa cidade. A família de Zeola, o craque, os nossos sentimentos.