Faleceu nesta segunda-feira, a ex-primeira ministra britânica, Margareth Thatcher aos 87 anos de idade, vitima de um AVC. Conhecida como a dama de ferro, candidatou-se pela primeira vez ao parlamento em 1950 e somente logrou êxito nas urnas em 1959, quando se elegeu deputada pelo Partido Conservador. Em 1970, no governo de Ted Heath ocupou pela primeira vez um cargo no executivo, exercendo as funções de secretaria de educação. Após assumir a liderança do Partido Conservador, então na oposição, em 1975 em disputa contra seu ex-chefe Heath, veio a ser eleita primeira ministra em 1979, cargo que ocupou até 1990, tendo sido reeleita em 1983 e 1987. Notabilizou seu mandato a defesa do neoliberalismo, promovendo reformas significativas com a finalidade de diminuir o tamanho do estado, desregulamentando o sistema financeiro, flexibilizando o mercado de trabalho e privatizando as empresas estatais, medidas estas que acabaram por se transformar em tendência nas décadas de 80 e 90, acabando por serem incorporadas por diversos países, inclusive o Brasil, como solução para as fortes crises econômicas. Na política internacional, atuou em sintonia com o presidente americano Ronald Reagan, fazendo duras criticas a União Soviética que viria a acabar em 1991, além de ter determinado que as tropas britânicas combatessem contra a Argentina na chamada “Guerra das Malvinas” em 1982. Era criticada por diversos organismos internacionais por defender as ações do ex-ditador do Chile, Augusto Pinochet, que encontrou na dama de ferro o apoio para forte política repressiva. Ambos deixaram o poder no mesmo ano.
Entrou para a história como a única mulher a ser chefe do governo britânico em sua história, liderando o Reino Unido por 12 anos, e período mais longo de mandato na política britânica desde o século 19, deixando como herança o neoliberalismo, que muitos insistem em eleger como método perfeito para administração do Estado. Margareth será velada com honras de chefe de Estado e sua morte é sentida por seus admiradores , ao mesmo tempo que sua atuação com pulso firme e privatizante é criticada por seus opositores. Uma coisa é certa, deixou a vida para entrar definitivamente para a história, de forma controvertida.