Vandalismo, depredações e mortes tem marcado as manifestações populares por todo o país, em um movimento que pretende se manter apartidário e consequentemente despolitizado, que infelizmente começa a servir para os imorredouros ideais ditatoriais de uma minoria que ainda entende que permanece oculta e livre dos olhares críticos da grande maioria de nossa população. Ver faixas nas manifestações pedindo a volta dos militares ao poder dói no coração e na alma, ao constatarmos o grau de informação histórica de parte de nossa juventude, que deveriam saber que se vivêssemos sob o comando dos militares, manifestações como as que estão ocorrendo não seriam reprimidas com balas de borracha ou de festim, e sim, com balas de verdade. Será que estes jovens sabem que simples reuniões, sem manifestações de rua, eram fortemente reprimidas e seus participantes presos e torturados, alguns até a morte. Pedir a volta dos militares ao poder é retroceder no tempo, ignorando as lutas de verdadeiros patriotas pela redemocratização da Pátria, com muitos deles adubando com o próprio sangue o terreno árido de liberdade que existia nesta terra que dizem ter sido descoberta por Cabral e que foi vilipendiada, explorada pelos americanos do norte. Que me desculpem os manifestantes, protestar agora contra a realização da Copa do Mundo é algo inconsistente e fora de época, afinal, os protestos deveriam ter ocorrido quando da definição do evento. Claro que as obras suntuosas e aparentemente superfaturadas ferem a dignidade do povo brasileiro, entretanto, protestar agora é algo surreal. O Brasil está acordado e quem precisa acordar é a juventude brasileira, percebendo que está sendo massa de manobra de tucanos, demos e principalmente, dos defensores de uma ditadura militar que solaparia os direitos do cidadão. Adentrar a uma loja e saquear, não é coisa de alguém que queira mudanças na política nacional. Identificado, deve ser processado criminalmente por furto. Quebrar, danificar deve ser punido criminalmente por dano ao patrimônio publico. Era contra no início e agora sou a favor de que os responsáveis por saques e depredações, desde que devidamente identificados, sejam presos e processados por formação de quadrilha.
21 de jun. de 2013
MANIFESTAÇÕES E GREVES
Ontem mais de seis mil bauruenses saíram as ruas em mais um protesto pacifico organizado pelo movimento “vem para a rua” criado inicialmente para lutar contra o aumento das passagens de ônibus urbanos e que hoje, apresenta uma pauta extensa de reivindicações, como melhoria para a saúde, educação e contra o gasto de verbas publicas para a realização da Copa do Mundo no próximo ano. Em nossa cidade, as manifestações tem sido pacificas e ontem, contrariando aquilo que se esperava não se dirigiu a praça das Cerejeiras, onde o expediente foi encerrado mais cedo com a finalidade de se evitar confronto com os manifestantes. Nenhum analista, por mais experimentado que seja, pode arriscar prognostico sobre onde e quando terminarão estas manifestações publicas que proliferam por todo o país, em um protesto generalizado contra as deficiências no serviço público. Difícil de se acreditar, entretanto, pequenos grupos de manifestantes que vai aumentando a cada dia, embora ainda seja minoria, defende a volta da ditadura militar no Brasil, inconscientes talvez que se tal acontecer, manifestações como estas seriam reprimidas com muito maior intensidade e violência e a história recente do país comprova esta afirmativa. Hoje surgiu mais um elemento complicador para transtornar o cotidiano de nossa cidade e infernizar a vida daqueles que dependem do transporte coletivo para trabalhar ou estudar, com a cidade amanhecendo sem ônibus, com a deflagração da greve dos condutores. Não custa recordar que recentemente, o Sindicato dos Condutores firmou acordo com as concessionárias do transporte coletivo e este acordo acabou sendo questionado pela oposição sindical, que acusou a entidade de ter manipulado assembléias da categoria e o pior, maquiado seus resultados. A oposição recorreu ao Ministério Público do Trabalho e realizou novas reuniões com a categoria que acabou optando pela greve. E muito embora, os motoristas tenham apresentado a lista dos motoristas que poderiam trabalhar com a finalidade de fazer cumprir o dispositivo legal de fazer circular 30% dos ônibus, as empresas concessionárias não liberaram a frota, com medo de atos de vandalismo nas ruas, fazendo com que a cidade fique sem transporte coletivo, ao menos, por enquanto. E o pior, se os grevistas conseguirem os reajustes que pleiteiam, as planilhas terão que ser atualizadas e as passagens reajustadas, dando margem a novas manifestações de protesto. Se ficar, o bicho come e se correr, o bicho pega, eis a questão pratica do transporte urbano de Bauru. Vamos ver como caminham as negociações
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