6 de fev. de 2014

O PMDB E SEU APETITE POR CARGOS PÚBLICOS

Uma base política gigantesca, caracterizando uma verdadeira colcha de retalhos ideológica, aliada a uma coordenação política confusa e pouco eficiente, continua a dar dores de cabeça para  a presidenta Dilma Roussef que não consegue conclui a reforma ministerial, graças  a fogueira de vaidades que se instala na chamada base aliada. Depois de resolver com tranqüilidade e sem grandes traumas as substituições na Saúde, Casa Civil, Educação e Secretaria de Comunicação Social, Dilma não está conseguindo se acertar com o PMDB, justamente o maior partido da base.Em qualquer canto da Camara Federal, durante o dia de ontem, encontrava-se facilmente deputados do PMDB reclamando da falta de habilidade do governo no trato com seus aliados, reclamando que os nomes dos deputados indicados para assumirem as pastas do Turismo e Agricultura, enquanto os senadores reclamam da não aceitação do Senador Vital do Rego, da Paraíba, para o Ministério da Integração Nacional, depois para Turismo e finalmente para a Secretaria Nacional de Portos.Reclamam também do convite realizado para que  o líder da bancada no Senado, Eunicio de Oliveira do Ceará, ocupasse o Ministério da Integração Nacional, sem qualquer consulta aos dirigentes partidários, entendendo ser o convite uma artimanha do governo, para afastar o senador da disputa do governo do Ceará onde os irmãos Cid e Ciro Gomes, possuem outro nome para a disputa.Aliás, a bancada do PMDB já comunicou que não indicar nenhum outro nome para os Ministérios, com os parlamentares afirmando que continuarão a apoiar Dilma, entretanto, cada votação de interesse do governo se transformará em um drama, com os parlamentares condicionando seu apoio, ao humor do dia. A costura da reforma ministerial, sem sombra de dúvidas, será o primeiro grande teste de Aloisio Mercadante, o novo titular da Casa Civil. Uma coisa é certa, as alianças políticas no Brasil são realizadas de forma pragmática, sem qualquer embasamento ideológico e desta forma, a disputa por fatias do poder, ganha contornos de crise. Algo precisa mudar!

CONTINUA A POLÊMICA SOBRE MÈDICOS CUBANOS!

Antigamente Cuba era acusada de exportar revolucionários para o mundo, além de apoiar movimentos armados em todos os continentes, como no caso especifico do Brasil, onde militantes da esquerda armada foram treinados para a guerrilha, em cursos realizados na chamada Ilha de Fidel, dentre eles o bauruense Marcio Leite de Toledo, tragicamente morto em março de 1971. Hoje, o apoio de Cuba a luta armada é coisa do passado e a exportação que ocorre hoje é na área da saúde, com médicos cubanos atuando por todo o mundo, no combate a doenças e em busca de melhor qualidade de vida para o povo. Entretanto, em nosso país, a vinda de profissionais cubanos tem sido tratada  de forma preconceituosa, coisa que não ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da Saúde, José Serra trouxeram médicos cubanos para atuarem no Estado de Tocantins. Hoje, a grande discussão é sobre a pretensa exploração de mão de obra ou mesmo uma pretensa mão de obra escrava, em decorrência do Brasil estar pagando R$ 10.000,00 reais para cada profissional estrangeiro, em convenio firmado com  a OPAS – Organização Pan Americana de Saúde -, entidade ligada a ONU que repassa os valores para o governo cubano. A grande imprensa e a oposição tem dado destaque ao fato da grande parte desta verba ser destinada ao estado cubano que estaria repassando uma irrisória importância aos seus profissionais, caracterizando a exploração da mão de obra. Entretanto, é bom salientar que do contingente de médicos oriundos de Cuba , que por aqui aportou nos últimos meses, apenas 22 solicitaram desligamento do programa Mais Médicos, sendo que dezessete alegaram problemas de saúde e cinco resolveram retornar para  casa. De todo estes, apenas uma médica até o momento, desligou-se do programa e deseja asilo político nos EUA, número ínfimo, portanto, de desistências. Se os médicos cubanos, aceitam trabalhar desta forma, repassando a maior parte de seus salários para o Estado Cubano para que este continue a formar profissionais de saúde, como forma de fortalecimento de seu país, não cabe a nós brasileiros, julgar e decidir, sobre a  justeza ou não da medida. A nós cabe, sim, torcer para que o programa Mais Médicos seja um sucesso, para que a população brasileira, como um todo, tenha direito a uma assistência médica de qualidade, aliás, não custa relembrar que os cubanos que trabalharam em Tocantins, durante o governo de FHC, assustaram-se ao constatar que no Brasil ainda existe verminose.

VIOLÊNCIA AUMENTA EM BAURU!

Os últimos acontecimentos na área policial em nossa cidade, demonstram de forma clara que a violência está cada vez mais presente no nosso dia-a-dia, e ontem, quando dois policiais militares resolveram abordar um elemento que está em liberdade condicional, no Jardim Ouro Verde, foram recebidos a tiros pelo suspeito e seu irmão, sendo que o policial Yuri José da Silva, de 27 anos, morreu no local, atingido por um tiro na testa e outro que transfixou lateralmente a região do tórax, sendo que seu colega de trabalho, Tiago Rodrigues Palma, foi atingido por quatro tiros, encontrando-se internado no Hospital da UNIMED em estado grave, sem entretanto, correr risco de vida.O autor dos disparos, Rafael Mauricio Fernandes, e seu irmão de Rodrigo Fabiano Fernandes, que está em liberdade condicional, fugiram do local, sendo Rafael localizado pela PM, cerca de uma hora depois em um barraco próximo, onde novamente resistiu, disparando contra a PM e acabou tombando morto, com dois tiros fatais no tórax e abdômen. Horas depois, o Rodrigo acabou sendo preso na praça de pedágio de Pederneiras, quando a policia abordou um veiculo, que  transportava um casal nos bancos da frente e o foragido no traseiro, sendo que este foi reconhecido e preso na hora, não tendo reagido. O casal informou que estava no Jardim Ouro Verde, quando o  foragido adentrou ao carro pelo banco de trás, e armado de uma faca, determinou que fosse deixado em Jaú. A grande questão é que este caso, trágico, por envolver a morte de duas pessoas, e ferimentos graves em outra, vem comprovar, de forma cabal o aumento da violência urbana, não somente em Bauru, mas em toda região, onde as ocorrências policiais violentas, com uso de armas de fogo, tem aumentado de forma significativa. E o pior, que não vê nenhuma política governamental no sentido de serem diminuídas estas ocorrências., a não ser reforço policial e violência. Não está na hora de ser repensada a segurança pública, para que medidas eficazes e de feito duradouro, sejam aplicadas para a tranqüilidade da população?  Em Bauru, não seria o caso de buscar a geração de empregos, atraindo industrias e comercio, para termos os índices de violência reduzidos?