Setores da opinião pública
nacional criticam o STF, entendendo que este age de forma generosa na aplicação
de penas privativas de liberdade contra os políticos processados e condenados
naquela corte. Em nosso entendimento, as condenações significam avanço significativo,
considerando que em nenhum momento da história brasileira políticos detentores
do poder foram julgados e condenados pela nossa justiça.
Alias, causa espécie o fato de
outros tribunais não agirem da mesma forma.
No Tribunal de Justiça de Minas
Gerais, dormita em aconchegantes gavetas o processo do chamado mensalão
mineiro, beneficiando com a chamada prescrição os seus envolvidos, dentre eles
o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo do PSDB. As mesmas gavetas, em tribunal
diferente, o TJ de São Paulo, acolheram de forma carinhosa processos contra o
deputado estadual do PSDB, Barros Munhoz indiciado em trinta e três processos,
acusado de improbidade administrativa. Condenado em primeira instancia, os
recursos junto ao TJ, foram propositalmente retirados de pauta, ficando três
anos com vistas para um desembargador e quando foi a julgamento, se encontravam
prescritos, livrando o deputado tucano das penas a que havia sido condenado.
Em Bauru mesmo, a comunidade
aguarda o julgamento dos recursos, daqueles que saquearam os cofres da
Associação Hospitalar de Bauru – AHB-, ligados ao PSDB e que se encontram em
liberdade, andando pelas ruas da cidade e sorrindo ironicamente, com sentimento
de impunidade perene. Não sabemos o que pior, se a certeza da culpa ou a duvida
perene da inocência, em casos de prescrição.
Os beneficiados pela prescrição
carregarão pelo resto de suas existências uma interrogação na testa, visível
por onde andarem, ocasionando dúvidas sobre sua seriedade e honestidade, no
manuseio de recursos públicos, encontrado sempre pelo caminho pessoas que os
interpelarão sobre a licitude de suas condutas.
Este instrumento tacanho e
desonesto dos dois pesos e duas medidas, não pode continuar prosperando em
nosso pais. Qual a diferença entre o pretendo corrupto do PT e do PSDB?
Se ambos meteram a mão nos cofres
públicos, ambos têm que ser condenados.
Testemunhas de acusação contra
dirigentes tucanos, não são localizadas pela Justiça, para confirmarem o
recebimento de vantagens pecuniárias e nada é feito, buscando a punição destes.
Onde anda esta testemunha?
Escondida ou morta?
A Justiça tem que investigar com
celeridade esta situação, ainda mais que em Minas Gerais existe uma tradição de
esconder com maestria, defuntos.
Queremos sim, justiça e punição
exemplar para todos aqueles que façam ou tenham feito maracutaia com dinheiro
publico, entretanto, de forma uniforme, igualitária, sem distinguir Pedro de
João. Não dá para continuar vendo, tucanos rindo na cara do povo, em virtude da
prescrição de seus crimes, e o pior, convocando com deslavada cara-de-pau os
brasileiros a saírem para as ruas e protestarem contra a corrupção.
Não tem moral para isto e tiram a
credibilidade das manifestações populares.