27 de jan. de 2014

PSB E REDE, ATÉ QUANDO?

Aliado histórico do PT no tempo em que era comandado pelo ex-governador pernambucano Miguel Arraes, hoje o Partido Socialista Brasileiro mostra-se pragmático em suas alianças, buscando estar sempre próximo ao poder e com a aliança formalizada com o REDE da ex-senadora Marina Silva, tais variantes começam a dar problemas, principalmente no que diz respeito às alianças para a disputa de governos estaduais. Em praticamente metade dos estados brasileiros, o PSB/REDE tem enfrentado problemas, com os seguidores de Marina Silva não concordando com as coligações articuladas pelos chamados socialistas. No Estado de São Paulo, o  REDE manifesta-se contrariamente a aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin, defendendo o lançamento de candidatura própria, o que dissipa o sonho do Deputado Federal Márcio França ser o vice do tucano nas próximas eleições e faz o socialista se colocar como pré-candidato a governador nas próximas eleições, para, com certeza, atuar na campanha como linha auxiliar do atual governador. Em Minas Gerais, onde os socialistas estão alinhados com Aécio Neves e o prefeito Márcio Lacerda do PSB,em Belo Horizonte,  contou com o apoio tucano em sua eleição,  o REDE parece que vai se dissociar dos socialistas, com cada grupo apoiando um candidato, assim como no Paraná. O incêndio ameaça a aliança em outros estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde os marinistas defendem candidatura própria e os socialistas, aliança com outros partidos, como PSDB e PP. Ao que parece, enquanto os marinistas defendem compromissos programáticos para as próximas eleições, os chamados socialistas pretendem continuar com sua linha pragmática, de estarem próximos ao poder, mesmo que perdendo a identidade ideológica. Se hoje, está difícil para o governador pernambucano Eduardo Campos decolar nas pesquisas em sua intenção de ser presidente da República, o amanhã aparece ainda mais nebuloso, com grande parte dos estados deixando de ter candidaturas próprias que serviriam de palanque ao socialista, para apoiarem candidatos ligados a outros candidatos presidenciais, entre eles, Aécio Neves.O tempo vai mostrar se o caminho buscado por Marina Silva, de filiar-se ao PSB foi o correto e hoje, podemos dizer que mesmo esperneando, Marina vai perdendo sua identidade ideológica, em virtude do pragmatismo dos neo-socialistas. Uma pena.