Mesmo afirmando a toda hora que investigações serão realizadas e que se existirem irregularidades os culpados serão punidos no caso do propinão da SIEMENS, o governador Geraldo Alckmin parece não se fazer ouvir na Assembléia Legislativa de São Paulo, onde os deputados que o apóiam fazem de tudo para barrar as investigações destinadas a apurar as maracutaias ocorridas na CPTM e no Metrô Paulista. Por incrível que possa parecer, a base governista impediu que fosse ouvido na Assembléia o ex-diretor da CPTM , João Roberto Zaniboni que recebeu US$ 836 mil dólares em um conta na Suíça, importância confiscada pela justiça daquele país, sob a acusação de ter origem ilícita. Os governistas alegam que os requerimentos para ouvi-lo são eleitoreiros e não passam de politicagem , como se a picaretagem comprovada praticada pelo ex-diretor, não tivessem importância e o dinheiro, comprovadamente desviado. Além de Zaniboni, outros nomes ligados ao propinão da SIEMENS, tem se safado de prestarem depoimentos na Assembléia Legislativa de São Paulo com os deputados governistas, buscando desta forma blindar o Palácio dos Bandeirantes. Claro que depois da decisão da Justiça Suíça em bloquear as contas do ex-diretor, o discurso tucano de que as denúncias são armação política do PT não colam mais e se de fato, o governador Geraldo Alckmin quiser colocar em pratica seu costumeiro discurso de ética e de transparência, terá que chamar no tento a base aliada, determinando a abertura da CPI do propinão. Doa a quem doer!
A declaração do deputado tucano, Dilador Borges de que os deputados não se podem dar ao luxo de ficar ouvindo pessoas por ouvir, soa como prepotente e principalmente fora da realidade, afinal as denúncias estão sendo comprovadas, foi descoberta uma conta da SIEMENS em paraísos fiscais, de onde saiu o valor da propina de Zaniboni, tucano de carteirinha e se a maracutaia esta sendo comprovada, claro que tem que ser investigada pelo Poder Legislativo. Os tucanos paulistas precisam de forma urgente que praticam efetivamente a ética, a transparência e a moral administrativa. Ou, não?