3 de jan. de 2014

POEMA DO GAROEIRO PARA O CAVALEIRO DA ESPERANÇA


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Garoeiro – Natal, RN, 28 de dezembro de 2013.

[Para: Cavaleiro da Esperança (03.01.1898 – 07.03.1990)]



Na Ilha do Sonho, abandonado,

Morre o velho farol, à luz do dia,

O aviso aos navegantes que acendia,

Seu facho luminoso, apagado.



E a escuridão da noite, a ventania,

As tormentas do curso navegado,

Viram fantasmas, pela escadaria,

Do salvador, agora, naufragado.



Hoje, batéis de estranhos pescadores,

Indiferentes ao mar perigoso,

Fazem a pesca má dos amadores,

E sempre sob um céu maravilhoso.



Mas a torre esquecida em suas dores,

Vencida, sem seu facho luminoso,

Vai vivendo de heróis navegadores,

Que guarda em seu olhar silencioso.



Toda a ilha já é outro lugar,

Nem há mais sonho, sob o firmamento;

Para que, então, este sol de iluminar

No nevoeiro, no furor do vento?



A tristeza do farol se apagar

Não é esta luz, em falta, no momento,

É a certeza que agora navegar

É só mais outro bom divertimento.



Uma felicidade é sedutora

Na atraente promessa de prazer,

E na geral entrega traidora

À insana alegria de viver;



Porém, fora de moda, lutadora,

Fraudada numa forma de sofrer,

Há uma felicidade salvadora

No dom de iluminar para alguém ver !



MOROSIDADE DA JUSTIÇA IMPEDE REPATRIAMENTO DE GRANA ROUBADA!

Com a finalidade de agilizar a apreensão de bens oriundos de atividades criminosas  e de recuperar verbas públicas desviadas para paraísos fiscais, o procurador geral da República, Rodrigo Janot criou uma unidade autônoma e nomeou o procurador Vladimir Aras como Secretário de Cooperação Internacional da PGR, sendo que até agora essa atividade era exercida por membros do Ministério Público, sem atuação exclusiva.Calcula-se que aproximadamente dois bilhões e quinhentos milhões de dólares estejam bloqueados no exterior, a pedido do Ministério Público Federal, sendo recursos públicos desviados ou originários de corrupção, identificados em operações como Satiagraha, Banestado, TRT/Sp, Máfia dos Combustíveis, Propinoduto, dentre tantas outras e que correm o risco dos recursos bloqueados retornarem para os acusados, graças a morosidade da Justiça e o grande número de recursos, nos tribunais superiores. Um exemplo claro desta morosidade é o do BANESTADO, com vinte denunciados que está há mais de três anos no Superior Tribunal de Justiça – STJ – que já extinguiu o processo contra sete de seus diretores, reconhecendo a prescrição. A idéia da Procuradoria Geral é manter um órgão para rastreamento e recuperação dos ativos de origem criminosa, com apoio de peritos de informática, para alimentar um cadastro eletrônico de identificação dos investigados, de fácil acesso ao Ministério Público e a Polícia. Lamentável que o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público Federal, em busca de contas no exterior que abriguem verbas públicas desviadas, acabe sendo inútil pela morosidade da Justiça. Que acaba levando processos a prescreverem, deixando impunes os saqueadores dos cofres públicos e o pior: impunes e com o dinheiro roubado no bolso. Dois bilhões e quinhentos milhões de dólares é uma fortuna que repatriada, poderia ser utilizada em beneficio do povo. Injusto que a Justiça não acelere os processos que possibilitem a repatriação desta grana preta.