O ídolo corintiano Marcelinho Carioca, acaba de marcar um belíssimo gol
contra e como cachê por este feito, receberá um valor aproximado de R$
150.000,00 ( cento e cinquenta mil reais). Com a renúncia de Márcio França,
deputado federal do PSB, para assumir cargo de secretario na administração de
Geraldo Alckmin, Marcelinho tomou posse como deputado federal, no último minuto
da prorrogação e por um mês de exercício do mandato, receberá um valor
aproximado de cento e cinquenta mil reais, incluídos auxílio-moradia,
transporte, subsídios e o verba indenizatória no valor de R$ 78 mil, para
contratar assessores e tudo isso, para um mês em que a Câmara não realizará uma
única sessão, por estar de recesso. Marcelinho não é o único, outros 29
suplentes assumiram os mandatos, em plenas férias, substituindo aqueles que
foram para ministérios, secretarias de estados ou se elegeram para cargos
executivos.
Os defensores desta verdadeira “farra do boi” com o dinheiro público
poderão dizer que a posse é legal e prevista em lei, entretanto, cabe a velha
pergunta: é moral?
É moral, o cidadão que nas campanhas eleitorais afirma ser candidato
para defender os interesses populares, na primeira oportunidade locupletar-se
acintosamente dos cofres públicos e o pior, receber para não trabalhar, receber
para curtir o ócio? Claro que nada tem de moral e ético esta postura de
Marcelinho Carioca e outros suplentes, deixando claro e evidente, que dentre
outras coisas, o período de mandato de nossos parlamentares tem que ser
alterado, com urgência. Se o presidente da República, toma posse no dia 1º de
Janeiro, por qual motivo deputados e senadores, somente assumem o cargo em 1º
de fevereiro, deixando espaço para aberrações, como esta da posse de suplentes?
A nível estadual, a situação se repete, com o governador tomando posse
em 1º de Janeiro e os deputados, em 15
de Março, deixando uma lacuna de quase noventa dias. Será tão difícil, adequar
a legislação, fazendo coincidir a posse dos detentores de cargos executivos com
as novas Casas Legislativas? Afinal, em um período de crise, com a posse destes
trinta suplentes, para curtirem as férias do Congresso, cinco milhões de reais
foram gastos. Quantas creches poderiam ser realizadas com este valor?
Pela reforma política, tributaria e administrativa, URGENTE!