19 de ago. de 2013

O CAMINHANTE QUE NÃO PODIA ANDAR


O CAMINHANTE QUE NÃO PODIA ANDAR



Nos tempos em que a palavra “herói” encontra-se tão banalizada, que até os usineiros da cana – versão moderna dos antigos senhores de engenho – merecem este qualificativo, é bom dizer as coisas como deveriam ser. Alberto de Souza nasceu pobre, morreu pobre e quase desconhecido está. Mas é um dos poucos brasileiros do século passado em quem a ligação com esta palavra não pareceria falsa ou peça de retórica. Ele foi, durante toda a vida, um Herói com agá maiúsculo, muito embora dispensasse tais elogios com meia dúzia de impropérios.

Seu Alberto era magro, alto e tinha os cabelos lisos em permanente desalinho. Um olhar esperto denotava uma inteligência ímpar. Viveu por mais de meio século em uma casinha de madeira, na Vila Industrial, então um bairro afastado.

Era sapateiro. Seu ofício era o de fazer e consertar aquilo que usamos para caminhar. Seu Alberto, quando jovem, caminhou mais do que a maioria das pessoas. Percorreu a pé cerca de 24 mil quilômetros pelo interior do Brasil. Em dois anos andou por uma vida. Seu Alberto integrou a lendária Coluna Prestes, uma campanha militar para mudar o país. Perseguida pelo exército e por jagunços de fazendeiros, jamais foi derrotada militarmente. Eram tempos muito duros os do governo ditatorial de Arthur Bernardes, entre 1925 e 1927.

Mas aos 27 anos de idade ele deixou de andar. Dali em diante, passou a locomover-se com extrema agilidade, com o auxílio de duas cadeiras de palhinha velhas, passando de uma para outra. Inquieto e inconformado, ele reinventou um modo de locomoção.

Sua história faz parte da brutalidade com que as classes dominantes brasileiras sempre trataram o povo.

Alberto de Souza era um caipira de sangue quente. Nascido em Itapira, cresceu, viveu e envelheceu rebelde. Não era um rebelde das palavras, mas um missionário da ação. Mal completara 16 anos e envolveu-se na Revolução Paulista de 1924. Pouco se fala deste episódio, que teve marcada participação dos setores empobrecidos da população. Ali o jovem interiorano tomou gosto pela luta. Conheceu o tenente João Cabanas e engajou-se em na coluna de soldados que se embrenhou pelo interior paulista e chegou até o Paraná.

Foi assim que travou contato com um capitão de artilharia franzino e despachado. Era Luiz Carlos Prestes, que buscava voluntários para sua jornada.

Quando se tornou comunista, ainda na Bolívia, no final dos anos 1920, seu Alberto faria de sua opção política um molde para sua existência. Não pensou duas vezes ao se engajar nas articulações do levante de 1935 contra o governo Vargas, em São Paulo. A luta foi esmagada com brutalidade selvagem. Prestes perdeu a mulher, Olga Benário, mandada a um capo de concentração nazista, na Alemanha. Toda a cúpula do Partido Comunista foi jogada em masmorras por uma década. Alberto foi mandado para o presídio político da Vila Maria Zélia, na zona leste da cidade, onde foi selvagemente torturado.

Logo nos primeiros dias de cárcere, foi atacado por trás, por um carcereiro, com uma coronha de fuzil na base da coluna cervical. Desmaiou. Quando acordou, estava jogado em um porão, inundado até os joelhos. À noite baixavam o nível da água, para que pudesse dormir. As refeições resumiam-se a pedaços de pão atirados no líquido onde também eram feitas todas as necessidades.

O rapaz de Itapira saiu de lá, um mês depois, mais morto do que vivo. A marca em seu corpo foi terrível. Não tinha mais o movimento das pernas.

Alberto jamais se arrependeu da luta ou de suas ações. Ao contrário, continuou na ativa. Veio para Bauru, onde se casou e aprendeu as artes e ofícios de trabalhar o couro. À noite era secretário de finanças do comitê regional do PCB.

Após o golpe de 1964, a perseguição aos comunistas fez com que perdesse contato com vários companheiros. Mesmo assim, um rádio de ondas curtas o mantinha informado dos ares do mundo. E a avidez de leitura o fazia percorrer as páginas de Darwin, Hegel, Marx, Lênin, Florestan Fernandes e o que havia de melhor nas ciências sociais e políticas. Aos amigos pedia sempre mais e mais livros.

Seu Alberto morreu no início de 1991. Não acreditava em vida após a morte e nas peripécias da metafísica. Mas o velho inconformado segue vivo, vivíssimo. Um pouco dele está no coração de todo aquele que não se conforma com a vida como ela é.



GILBERTO MARINGONI é jornalista, historiador e autor de A Venezuela que se inventa, poder petróleo e intriga nos tempos de Chávez (Ed. Perseu Abramo, 2004)

SEMPRE A RESERVA DE MERCADO

Quem efetivamente se preocupa com a saúde pública, não busca jamais a reserva de mercado ou mesmo obstruir as tentativas que o poder público realiza no sentido de dotar a população de um melhor atendimento médico. Em Bauru, é histórica a rejeição por melhorias ou mesmo criticas ao sistema existente e isto ocorre há décadas. No início dos anos 60, o vereador Edison Bastos Gasparini, criticou de forma áspera a não permissão de entrada de novos médicos no corpo clinico da então Santa Casa de Misericórdia de Bauru, hoje HB e acabou sendo visitado por uma comitiva de médicos em seu local de trabalho, sendo agredido fisicamente pelos notáveis profissionais da saúde. Nos anos 80, a Prefeitura Municipal na gestão do próprio Gasparini, tendo continuidade no seu sucessor Tuga Angerami iniciou a implantação dos chamados Núcleos de Saúde e esbarrou na mesma dificuldade de hoje. Abriam-se concursos públicos, os aprovados não assumiam ou faltavam candidatos inscritos. Constatou-se que tal fato era orquestrado por entidades e associações médicas, que não viam com bons olhos a ampliação do sistema de saúde pública, como se tal viesse a prejudicá-los no exercício da profissão. A saída encontrada na época foi a de publicar os Editais de Concurso Público em jornais de circulação nacional, como formula para atrair profissionais para trabalharem para a Prefeitura, sendo certo que a iniciativa revestiu-se de êxito e com o tempo, estes profissionais, rejeitados no início, acabaram por se incorporar a vida da cidade. Hoje, vemos a Prefeitura protelar a abertura da UPA do Redentor/Geisel, justamente pela falta de médicos e segundo notícias vindas da Camara Municipal, alguns profissionais contrários a ampliação da rede pública de saúde, estiveram durante o último sábado na inauguração desta UPA, demonstrando nitidamente seu descontentamento. Triste o papel destes profissionais, agindo passionalmente em defesa de uma pretensa reserva de mercado, pretensa pois os beneficiários da saúde publica não possuem condições financeiras de aderirem aos planos de saúde, estando fora do alcance do mercado defendido por estes profissionais. Ante tais situações, está na hora realmente de pensarmos na implantação do Hospital Municipal em nossa cidade.

Com a palavra, as nossas autoridades.

ENCONTRO DO PT

O PT se prepara para seu encontro regional a ser realizado neste final de semana em nossa cidade, com a presença de lideranças estaduais e nacionais da legenda, em busca de unidade e consenso para o processo de renovação de seus comandos diretivos que deverão ocorrer a partir do final deste ano. O PT de Bauru, muito embora tente manter as aparências, mostrando publicamente que estão unidos e harmônicos, começa a mostrar sinais de divisão, com militantes anunciando que irão procurar o ex-presidente Lula, solicitando providencias no sentido de se mudar o comportamento do comando local do partido, como se tal ocorresse por determinações. O chamado Campo Majoritário que possui ampla hegemonia no partido encontra-se dividido, não sendo difícil apresentarem duas ou mais chapas. Estela Almagro não conseguiu até o momento demover Claudio Gomes, o Claudinho da Construção e Josué do INSS, que estão propensos a disputar o comando local do PT, agravando-se a questão, com o distanciamento cada vez mais nítido de Sandro Bussola do grupo de Estela, justamente ele que foi o fiel escudeiro da vice e de seu marido, durante anos. A reunião do PT marca o retorno a cidade de Bauru, depois de muitos anos de Lula, que  vinha com certa constancia a nossa cidade, desde os tempos da fundação do PT em 1980, quando ficava hospedado em casa de companheiros e amigos, como Isaias Daiben. Não custa recordar que na eleição de 1989 que elegeu Fernando Collor de Mello, Lula teve o apoio no segundo turno do PSDB, graças ao apoio recebido por parte dos tucanos bauruenses que a época administravam a cidade, com o então prefeito Izzo Filho recepcionando Lula em comício na Praça Machado de Mello, evento este de suma importância para que o tucanato nacional apoiasse Lula. Hoje, o cenário político da cidade é diferente, o PT ocupa a vice-prefeitura, a presidência da Camara Municipal, tendo papel decisivo na administração da cidade e com certeza, Lula não permanecerá na cidade após o evento, afinal as condições partidárias igualmente, hoje permitem o aluguel de aviões para locomoção, dispensando desta forma a hospedagem em casa de companheiros. Espera-se que o Encontro do PT seja produtivo, não somente para o partido e sim, para toda a sociedade.

CASSAÇÃO DOS VEREADORES

Na tarde de ontem, conforme havia divulgado com exclusividade pela Jovem Auri Verde, o TRE de São Paulo julgou o recurso interposto pelo Ministério Público Estadual contra a decisão da Justiça Eleitoral de Bauru que inocentou os vereadores Fabiano Mariano, Fernando Mantovani e Faria Neto da acusação de terem sido beneficiados durante a campanha em 2012 por publicidade de fonte vedada, com a divulgação de suas candidaturas em um jornal da Igreja Católica, que trazia o nome, número e compromissos do candidato e segundo o relator do processo, desembargador Mathias Coltro a conduta ilícita ocorreu no fato da Diocese de Bauru ter se unido aos candidatos, colocando-se a serviço de suas campanhas eleitorais, colaborando para a distribuição do jornal nas 26 paróquias do município, e desta forma, mesmo com o material tendo tido seu custo rateado entre os candidatos, o procedimento adotado pela Igreja, caracteriza-se como propaganda eleitoral indireta doada, incluindo-se na relações de fontes vedadas. Desta forma, o TRE-SP condenou os três vereadores – Mariano,Mantovani e Faria -, além dos suplentes Batata e Pela Porco, cassando seus diplomas e consequentemente seus mandatos. Da decisão do TRE cabe recurso ao TSE, e cabe a este, decidir em caráter liminar se os vereadores cassados poderão ou não, continuar no exercício do mandato enquanto o recurso não for julgado pela corte suprema. Uma coisa é certa, a decisão de ontem do Tribunal Regional Eleitoral é controversa e renderá muitas discussões no tramitar deste recurso, porém a alegação da defesa de que ocorreu quebra de isonomia pelo fato de que diversos setores possuem candidatos, não deve prosperar, pois não é acusando o vizinho de furtar água que o cidadão é inocentado do crime de furtar energia elétrica. A lei neste país, precisa ser cumprida em toda a sua plenitude, doa a quem doer, e lamentável que a cada esforço da Justiça neste sentido, as criticas dos pretensos prejudicados se avolumem. Se a decisão de ontem do TRE persistir, os suplentes Artêmio Caetano, Milton Sardin e José Roberto Segalla assumirão no restante do mandato. Lei cumprida é gol da democracia, queiram ou não, os contrários.

LULA EM BAURU

Depois de muito tempo ausente da cidade, o ex-presidente Lula esteve ontem na cidade, participando do Encontro do Interior do PT, tendo permanecido poucas horas em nossa cidade,  pois precisava retornar ainda ontem com a finalidade de realizar exames, que segundo  ele foram antecipados, para provar a grande mídia  os opositores  que está tudo bem com sua saúde e que não passam de boatos as  noticias que falam da  volta de seu câncer na laringe. Com a língua afiada e chamando de canalhas aqueles que esparramam a notícia mentirosa, segundo ele, Lula  criticou asperamente os tucanos em sua fala aos militantes petistas. Afirmou que o PT cresceu demais e em razão disso,a classe que governou o pais desde quando Cabral por aqui chegou, tenta criar situações para denegrir a imagem dos petistas  e é preciso ficar esperto, para entender o que eles fazem, mesmo porque tucano não é bobo, e tem aquele bico grande para melhor enganar a gente.Ao contrario do que era esperado, não partiu de Lula o lançamento da candidatura do ministro Padilha ao  governo de São Paulo, muito embora tenha defendido que o PT se mobilize e construa uma aliança forte  de partidos, visando conquistar o governo de São Paulo. Brincando, levantou a militância ao dizer que Padilha afirma não ser candidato, mas na hora que pegou o microfone, falou como se fosse. Entretanto, disse que Padilha somente pode sair do Ministério da Saúde quando conseguir  implantar o projeto  “mais médicos”. Uma coisa é certa, mesmo evitando a imprensa, a vinda de Lula a nossa cidade, para participar de atividades partidárias foi de suma importância para o sucesso do evento, buscando animar as direções municipais do interior em momento de crise para a classe política e para o governo do PT. Aliás, no dia de ontem, pesquisas apontam que Dilma viu crescer a aprovação ao seu governo, saindo de 30% para 36%, e a Executiva Estadual do PSB de Sp,, definiu apoio incondicional a candidatura de Eduardo Campos, governador  de Pernambuco e o lançamento de candidatura própria ao governo de Sp., diminuindo desta forma o arco de alianças do PT para as eleições estaduais. As peças do tabuleiro da política, são movimentadas com velocidade estudada por seus articuladores. Vamos aguardar a marcha dos acontecimentos.

TRANSPARÊNCIA OCASIONA TRANSTORNOS PARA MARAJÁS

A chamada Lei da Transparência que os municípios de uma forma geral, tem demorado para cumprir em sua plenitude, tem sido de suma importância para a população tomar conhecimento dos ocupantes de cargos públicos e seus respectivos salários, servindo inclusive para desmistificar o choro constante de algumas categorias profissionais em relação a pretensos baixos salários. Assim como em Bauru, onde a divulgação surpreendeu a população pública com a constatação de que alguns privilegiados recebem salários que podem ser considerados de marajás, em outras localidades a mesma constatação ocorre e providencias diferentes são adotadas. Alegando que o teto salarial do funcionalismo público é de R$ 28.059,29, o mesmo salário recebido pelos ministros do STF e que a Constituição Federal proíbe que as remunerações dos profissionais contratados diretamente pelo município ultrapassem o salário do prefeito, cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer natureza, o promotor público Orlando Bastos Filho, da comarca de Sorocaba, instaurou inquérito civil com a finalidade de apurar eventuais desvios em relação a quarenta e dois profissionais daquela municipalidade cujos salários superam o teto legal. A prefeitura terá 10 dias para informar o quanto pagou aos funcionários nos últimos cinco anos, para que estes restituam, com correção aos cofres públicos, aquilo que ultrapassou o limite permitido por lei.


Estaria explicada a demora das Prefeituras cumprirem a Lei da Transparência, sabedoras que eram que mantinham super salários e que poderiam vir a sofrer ações judiciais por conta deste fato? A população aguarda que a Prefeitura de nossa cidade aplique a Lei da Transparência em sua plenitude, disponibilizando os cargos e salários de suas autarquias e que os favorecidos com salários acima do teto legal, igualmente sejam acionados com a casa sendo colocada em ordem, com a Constituição Federal sendo cumprida ao pé da letra, mesmo porque nossa chamada Carta Magna, não possui dispositivos que possibilite diferenciações.


Com a palavra, o prefeito.


É DANDO QUE SE RECEBE!

A queda de popularidade e as rebeliões na base aliada fizeram com que Dilma Roussef abrisse a mão, liberando valores recordes de emendas parlamentares na tentativa de acalmar os congressistas que apóiam seu governo dentro do Congresso Nacional e desta forma, tentar afastar a possibilidade de derrotas em matérias de seu interesse, nas discussões e votações do parlamento, além é claro de tentar pavimentar o caminho para sua campanha a reeleição no próximo ano. Apenas nos primeiros nove dias de agosto, as autorizações para despesas incluídas por parlamentares no orçamento, as conhecidas emendas parlamentares, já atingiram o maior montante mensal do ano, com grande folga. Os dados tornam evidente uma nova postura do palácio do planalto, que até a queda dos índices de popularidade de Dilma, submetia os partidos da base aliada a uma ração modesta de recursos orçamentários, o que acabou por levar a discussão e aprovação em primeira discussão, de um projeto que torna obrigatório a execução das emendas orçamentárias apresentadas pelos parlamentares. O escancarar dos cofres públicos para estas emendas é a cereja do bolo que Dilma foi obrigada a servir, a partir do momento que seu projeto de reeleição foi ameaçado. Poderíamos dizer, que custou para Dilma Roussef colocar em prática a teoria de São Francisco de Assis, é dando que se recebe, a preferida disparada dos parlamentares brasileiros, afinal, a presidenta nunca demonstrou apetite para a micropolítica congressual, relegando desde o início a interlocução com o congresso a um segundo nível, além de cercar-se de assessores sem traquejo para dialogo. Enquanto sua popularidade estava alta, até os protestos de junho, a presidenta podia se dar a este luxo e os tais profissionais do parlamento, com o PMDB a frente, eram humilhados,realçando a imagem da Dilma gerente que não se envolvia no jogo sujo, elevando o trabalho desenvolvido por seus marqueteiros. A realidade do dia-a-dia, tem a mania de estragar aquilo que foi planejado e o tombo acentuado nas pesquisas fez o governo se mecher. Aguardemos os acontecimentos, para verificarmos se a estratégia dará certo ou se as pesquisas mostrarem que a queda persiste, os parlamentares cobrarão o atrasado, colocando a vida em ordem e darão no pé, em busca de um porto que considerem seguro.



REVOGAÇÃO DA CASSAÇÃO!

E os vereadores bauruenses que tiveram seus diplomas cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral ganharam uma sobrevida para seus mandatos, com a decisão do presidente do TRE, Desembargador Alceu Penteado Navarro em aceitar os embargos de declaração apresentados pela defesa, suspendendo os efeitos do acórdão até o julgamento do embargo, em sua decisão o presidente do TER avocou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de que “a determinação de imediato cumprimento de acórdão que cassa diploma/mandato deve aguardar o prazo para oposição e julgamento de eventuais embargos de declaração, os quais poderão levar à modificação do julgado”. A decisão tomada no meio da tarde de ontem foi imediatamente comunicada a Justiça Eleitoral de Bauru que notificou o presidente do Legislativo bauruense, garantindo desta forma a permanência dos vereadores no exercício de seus mandatos.Os embargos somente poderão ser julgados pelo desembargador que relatou o processo original e este estará ausente do TRE nos próximos dias e desta forma, não se pode precisar data para a decisão a nível de TRE sobre o caso.A defesa questiona, nos embargos, dentre outras coisas a mudança na “causa de pedir” da ação inicial do Ministério Público que focava na eventual distribuição do material de propaganda dentro dos templos religiosos e a decisão do TRE foca Na colaboração de entidade religiosa para a publicidade eleitoral como a infração que justifica a cassação do diploma, tentando desta forma, reverter a decisão emanada na semana passada. Caso a decisão seja mantida, o recurso junto ao TSE não garante a permanência no cargo, até o julgamento em ultima instancia, e para permanecerem. Faria, Mariano e Mariano terão que impetrar uma ação cautelar argumentando que, em razão do tempo necessário para julgamento do caso pelo órgão, os mandatos podem chegar ao fim e os vereadores não terão como reavê-los, caso o TSE emita uma decisão favorável a eles. Ocorre que a Justiça Eleitoral em todas as suas instancias é mais rápida e especialistas consultados afirmam que no máximo em seis meses, o caso seria definido em instancia superior, resolvendo de vez por todas, esta questão. Uma coisa é certa, o vai e vem de decisões, cassando, revogando, convocando e desconvocando suplentes, acaba gerando instabilidade emocional nos envolvidos e dificultando os trabalhos legislativos, afinal 20% da composição da Camara Municipal poderá ser alterada, caso a cassação dos diplomas se confirme.