20 de fev. de 2015

CORRUPÇÃO, UM MAL COM HISTÓRIA.

Quando os revolucionários cubanos derrubaram Fulgêncio Batista, decorrido algum tempo, Camilo Cienfuegos resolveu visitar os pais, no interior de Cuba. Próximo a casa da família, fez uma parada na “bodega”, onde se encontravam vários conhecidos, tendo sido recebido com festa pelos velhos amigos que não via, desde a tentativa do Quartel de Moncadas. Ao se despedir, foi presenteado pelo dono da “bodega” com um litro de rum e um caixa de charutos.
Chegou em casa, encontrou o velho pai, sentado na varanda da casa, saboreando justamente um charuto e depois dos cumprimentos, comentou com o velho:
- O povo já está reconhecendo a revolução, meu pai!
- Será?
- Sim, acabei de passar na bodega e ganhei um litro de rum e uma caixa de charutos!!!
- Cuidado, meu filho! Assim, começa a corrupção!
Conto novamente esta história, cansado de ver tucanos e seus defensores, acusarem diariamente os petistas de corrupção como se fossem dotados de ética e moral para tanto, confiando na falta de memória popular, para destilar seu veneno e criticar o adversário, como se santos fossem. Ora, vamos para tristeza destes falsos moralistas, recordar o passado?
O primeiro e único prefeito eleito pelos tucanos em Bauru foi o engenheiro Antonio Izzo Filho, que teve a candidatura articulada e viabilizada pelo professor cinta larga, que se encontrava afastado da disputa por ter agredido sua amante com cintadas, e buscou amenizar sua ausência no pleito de 1988, elegendo o irmão e companheiro Izzo. O restante desta história é de conhecimento público.
O CDHU teve um grande escândalo financeiro, quando era presidido por Goro Hama e a Assembleia Legislativa de São Paulo, bem como as autoridades, imitaram Poncio Pilatos, lavando as mãos, e tanto Goro Hama como seus colaboradores conseguiram sair ilesos da maracutaia, sendo que alguns deles continuam a trabalhar para o Estado. Os danos causados por Goro Hama foram de altíssima monta, e vamos relembrar o caso ocorrido em Garça, aqui na região, onde o CDHU comprou em 2001 um terreno de uma empreiteira por R$ 762 mil reais. O detalhe é que a empreiteira havia comprado o terreno, onze dias antes, por R$ 200 mil. Lucro fácil com o olhar benevolente tucano.
Anos atrás, o cunhado do governador foi surpreendido entregando produtos para a Merenda Escolar, em Pindamonhangaba, utilizando-se de carro funerário. Detém a concessão de serviço funerário e é fornecedor da Merenda, por méritos próprios, é claro.
Quanto custou a aprovação da reeleição, para favorecer sua Majestade FHC?
Concessões de emissoras de rádio e TV foram distribuídas a batelada, por Sergio Mota, o poderoso ministro das Comunicações e poucos se lembram, que um deputado federal que não era de Bauru, conseguiu uma concessão em nossa cidade. Os parlamentares que não foram contemplados no Pacotão do Serjão foram beneficiados de outra forma, em um verdadeiro escândalo de corrupção e até hoje, ninguém foi punido.
Aliás, sua Alteza Real, FHC I e seus filhos, usaram e abusaram do poder.
Quem não se lembra da gravidez de sua amásia e como o reizinho de plantão, conseguiu com que a chamada Vênus Platinada a transferisse para a Espanha, onde teve Thomaz, seu suposto filho. Recentemente, por exigência dos filhos que teve com dona Ruth e estes estavam preocupados com a divisão da herança em mais uma parte. Realizado o DNA, no Brasil e nos EUA, o resultado chocou FHC I, havia sustentado um filho que não era seu e constatou de forma cruel que fora corneado pela amante. Como é um diplomata, não a agrediu com cintadas.
Questões particulares a parte, não podemos nos esquecer das privatizações tucanas, com empresas estatais sendo vendidas a preço vil e engordando contas secretas na Suíça. Deste assunto, trataram Amauri Ribeiro Junior em Privataria Tucana e Palmério Dória em o Príncipe da Privataria.
Também não podemos nos esquecer da Alstom e da Siemens, no metrô de São Paulo, onde o dinheiro publico se esvaiu pelo ralo.
E para finalizar e este texto não ficar muito longo, não custa recordar o mensalão mineiro, cujo processo se arrasta a passos de tartaruga lá nas Minas Gerais, beneficiando os réus com a prescrição.
Dois pesos e duas medidas.
Os petistas julgados, condenados e presos.
Os tucanos soltos, sem processo e pregando moral e ética.
Claro que base do Faz de Conta da Emília do Sitio do Pica-pau Amarelo.
De minha parte, defendo a criminalização com a consequente penalização de todos aqueles que praticam crimes. Desde aquele que bate de cinta na amante até aquele que mete a mão no dinheiro público.
E não me venham dizer que os tucanos roubaram pouco e desta forma, não podem ser penalizados. Corrupção é corrupção, não importando se o desvio é de um centavo ou de um bilhão.
Ou, não?