20 de set. de 2013

PSB SAI DO GOVERNO, EM PARTE.

A decisão da direção nacional do Partido Socialista Brasileiro de se afastar do governo federal, entregando os cargos que detinha, promete dar pano para manga, considerando que a decisão encontra resistência entre os líderes socialistas, onde se destaca o governador do Ceará, Cid Gomes, que manifesta publicamente sua contrariedade com a situação. Cid e outros líderes socialistas defendem o apoio do PSB para a reeleição de Dilma Roussef, enquanto a ala liderada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos pretende o lançamento de chapa própria nas próximas eleições, com Campos sendo o candidato dos socialistas a presidência da República. O líder do PSB na Camara Federal, Beto Albuquerque cobrou que os petistas saiam dos cargos que ocupam nos seis estados governados pelo partido, deixando claro, desta forma, que a candidatura própria é irreversível. O interessante é que os socialistas nada dizem em relação a saída dos  cargos ocupados em governos estaduais tucanos, como no caso de São Paulo, onde os correligionários poderão continuar, dando a impressão de que de uma forma ou outra, tucanos e socialistas, poderão caminhar juntos em 2014. Pelo que divulga a mídia nacional, o contraponto na decisão socialista deverá mesmo ser Cid Gomes que cogita inclusive se licenciar da legenda, para poder fazer campanha para Dilma e a dúvida que fica no ar, neste momento, é de quem conseguirá arregimentar para a sua posição. Atendendo a determinação partidária, o ministro da integração nacional, Fernando Bezerra entregou seu cargo a presidenta Dilma, que solicitou que o mesmo permaneça, ao menos por uma semana, para rediscutirem a questão. As cartas estão colocadas na mesa e com certeza o alto comando do PT estará se movimentando nos próximos dias, buscando reverter a situação e não podemos nos esquecer que o nome do governador Eduardo Campos é o preferido entre muitos petistas do alto clero para ser o vice de Dilma em 2014, com o compromisso de ser o candidato a presidência, apoiado pelo PT em 2018. Com certeza, as discussões aumentarão de intensidade a partir de agora, e o PT quererá manter seu tradicional aliado ao seu lado. Resta saber o custo desta operação.