18 de jan. de 2015

COMO É FÁCIL e INDOLOR PEDIR A VOLTA DA DITADURA!

Tarefa fácil é pedir a volta da ditadura dentro de um regime democrático, bem mais fácil do que lutar pela democracia em um regime ditatorial. Os coxinhas e mesmo aqueles que dizem publicamente orar para o avião da presidenta Dilma cair, deviam estudar um pouco de história e aprender que no fatídico ano de 1964, a direita apoiou de forma ostensiva os militares golpistas. Carlos Lacerda, governador da então Guanabara; Adhemar de Barros, de São Paulo; Magalhães Pinto de Minas Gerais foram alguns dos civis que perfilaram juntos aos militares, e em pouco tempo, Lacerda e Barros foram defenestrados da  vida pública, com seus mandatos cassados e monitorados constantemente pelos órgãos repressivos, passando para a história de nosso país como políticos golpistas e corruptos. Além de cassarem os mandatos dos antigos aliados, ainda jogaram suas vidas públicas na lata do lixo da historia. Destes apoiadores civis, somente escapou Magalhães Pinto, graças à conhecida  matreirice politica mineira, aliás, foi com esta matreirice que Tancredo Neves filiou-se ao MDB e permaneceu incólume durante todo o regime militar. Estava no MDB, aparentemente na oposição, e distribuía seus parentes, inclusive o genro era da ARENA e como não existia impedimento legal, contratava como assessor, o próprio filho, o então jovem Aécio. Hoje, o presidenciável derrotado afirma que lutou contra a ditadura, entretanto, assessorava o pai, deputado arenista  e defensor dos militares. Acendendo uma vela para Deus e outra para o Diabo, estes matreiros políticos sobreviveram a ditadura, muito embora, nada tenham realizado, no ponto de vista parlamentar, durante seus mandatos para denunciar as barbáries que ocorriam na frente de seus olhos.
Em Bauru mesmo, o promotor público Silvio Marques Junior criou a Frente Anti Comunista – FAC -, com o objetivo maior de perseguir e prender comunistas arvorou-se como líder dos golpistas na região, com seus legionários atuando como força paramilitar, invadindo residências, prendendo e torturando, como se fossem os donos absolutos da verdade. Decorrido certo tempo, foi fichado pelos órgãos repressivos da ditadura, como aliciador de menores e outros adjetivos desmoralizadores, comprovando a pratica dos governos tiranos e ditatoriais, destruir os adversários e desmoralizar os aliados de ontem, que descontentes com o rumo das coisas, podem vir a se transformar  nos adversários do amanhã.
E tem gente que ainda afirma que prefere a ditadura.
Efetivamente falta conhecimento histórico para nosso povo e o pior, quando existe a tentativa de dialogo com estes simulacros de democratas, a resposta invariavelmente é a mesma: quem gosta de passado é museu!
Santa ignorância, de um povo em pleno 2015.
Defende a volta de um regime tirano, arbitrário e assassino, ao mesmo tempo em que afirmam que passado é coisa de museu.

Incoerência de verdadeiros analfabetos políticos.