Tarefa fácil é pedir a volta da
ditadura dentro de um regime democrático, bem mais fácil do que lutar pela
democracia em um regime ditatorial. Os coxinhas e mesmo aqueles que dizem
publicamente orar para o avião da presidenta Dilma cair, deviam estudar um
pouco de história e aprender que no fatídico ano de 1964, a direita apoiou de
forma ostensiva os militares golpistas. Carlos Lacerda, governador da então Guanabara;
Adhemar de Barros, de São Paulo; Magalhães Pinto de Minas Gerais foram alguns
dos civis que perfilaram juntos aos militares, e em pouco tempo, Lacerda e
Barros foram defenestrados da vida
pública, com seus mandatos cassados e monitorados constantemente pelos órgãos
repressivos, passando para a história de nosso país como políticos golpistas e
corruptos. Além de cassarem os mandatos dos antigos aliados, ainda jogaram suas
vidas públicas na lata do lixo da historia. Destes apoiadores civis, somente
escapou Magalhães Pinto, graças à conhecida matreirice politica mineira, aliás, foi com
esta matreirice que Tancredo Neves filiou-se ao MDB e permaneceu incólume
durante todo o regime militar. Estava no MDB, aparentemente na oposição, e
distribuía seus parentes, inclusive o genro era da ARENA e como não existia
impedimento legal, contratava como assessor, o próprio filho, o então jovem
Aécio. Hoje, o presidenciável derrotado afirma que lutou contra a ditadura,
entretanto, assessorava o pai, deputado arenista e defensor dos militares. Acendendo uma vela
para Deus e outra para o Diabo, estes matreiros políticos sobreviveram a
ditadura, muito embora, nada tenham realizado, no ponto de vista parlamentar,
durante seus mandatos para denunciar as barbáries que ocorriam na frente de
seus olhos.
Em Bauru mesmo, o promotor
público Silvio Marques Junior criou a Frente Anti Comunista – FAC -, com o
objetivo maior de perseguir e prender comunistas arvorou-se como líder dos
golpistas na região, com seus legionários atuando como força paramilitar,
invadindo residências, prendendo e torturando, como se fossem os donos
absolutos da verdade. Decorrido certo tempo, foi fichado pelos órgãos
repressivos da ditadura, como aliciador de menores e outros adjetivos
desmoralizadores, comprovando a pratica dos governos tiranos e ditatoriais,
destruir os adversários e desmoralizar os aliados de ontem, que descontentes
com o rumo das coisas, podem vir a se transformar nos adversários do amanhã.
E tem gente que ainda afirma que
prefere a ditadura.
Efetivamente falta conhecimento
histórico para nosso povo e o pior, quando existe a tentativa de dialogo com
estes simulacros de democratas, a resposta invariavelmente é a mesma: quem
gosta de passado é museu!
Santa ignorância, de um povo em
pleno 2015.
Defende a volta de um regime
tirano, arbitrário e assassino, ao mesmo tempo em que afirmam que passado é
coisa de museu.
Incoerência de verdadeiros
analfabetos políticos.