9 de ago. de 2014

A sucessão presidencial e ética tucana!

O tabuleiro da sucessão presidencial começa a se movimentar, com os analistas dos grandes partidos, atentos a toda e qualquer movimentação dos adversários e aos deslizes dos aliados e quem pensa que o quadro está definido, com os candidatos até agora apresentados, pode estar redondamente enganado, pois mesmo com as candidaturas já registradas, alterações podem surgir a qualquer momento, desde que não atinjam o crescimento desejado por seus mentores. Sinal de alerta, está aceso na campanha do tucano Aécio Neves, ante a declaração de FHC a um jornalista de o Estado de São Paulo, dizendo que o mineiro é nanico politicamente e que jamais será um estadista.
Não podemos nos esquecer que FHC é um dos cardeais tucanos e que sua opinião costuma ser respeitada no ninho, além de ter como eterno aliado o candidato ao senado, José Serra e quem conhece o jeito de fazer politica deste, sabe muito bem que jamais deixou de almejar a Presidência da República e que em sua vida pública, sempre agiu como verdadeiro trator, para tirar de sua frente os obstáculos que pudessem atrapalhar seus planos. Em 2002, um acordo entre os partidos da base do governo de FHC, dizia que seria candidato a presidente, o candidato que na época das convenções partidárias estivesse melhor pontuado nas pesquisas de opinião pública e Roseane Sarney bombava nas intenções de voto e acabou sendo surpreendida pela “visita” da polícia federal ao escritório comandado pelo marido, onde foi apreendida grande valor em dinheiro e a partir deste fato, sua candidatura naufragou abrindo espaço para Serra.
Estranho que somente agora surjam as denúncias da construção de aeroportos, com verbas do Estado de Minas Gerais em propriedades de familiares de Aécio Neves e que vídeos onde o tucano aparece visivelmente embriagado, estejam sendo divulgados. Não vai demorar para aparecer imagens de quando foi pego pelo bafômetro nas ruas cariocas e impedido de continuar dirigindo. Interessante deixar registrado que a classe dominante em nosso país, na incessante busca de recuperar seu poder de mando junto aos governantes, continue a insistir na sua candidatura. Claro que continuarão com esta postura, por entenderem mais fácil manobrar um mauricinho envelhecido do que alguém com postura ideológica definida. Aliás, a embalagem falsa de bom menino não reveste apenas o tucano, e também, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos.
Risível os discursos dele e de sua vice, Marina ao inaugurarem a casa de Eduardo e Marina, na cidade de Osasco, afirmando que estes comitês domiciliares eram oferecidos pelo povo que queriam mudança no país. Na sequencia, entrevistaram o dono da casa e este ao ser perguntado sobre porque havia cedido sua residência, foi taxativo na resposta: quero ver se ganho algum. Os pretensos socialistas estão inaugurando o voluntariado pago, acreditando que o povo é besta, ignorante e não percebe as maracutaias que cercam estas campanhas eleitorais. Ora, prometem melhorar a vida dos brasileiros, manter o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos e o Bolsa Família, projetos criticados pela burguesia decadente, e mais, amplia-los.
Quanta hipocrisia!
Os tucanos se arvoram como proprietários da ética e da moralidade, entretanto, deixam a desejar nestes quesitos e isto vem desde sua fundação e das primeiras eleições disputadas. Não podemos nos esquecer que para tentar salvar a derrotada candidatura de Mário Covas, ao Governo do Estado de São Paulo, em 1990, inventaram o tal de misto quente, com Covas governador e Suplicy para Senador, abandonando a candidatura de Montoro ao Senado, em verdadeira traição contra um dos fundadores da legenda. São morais e éticos, entretanto, obstaculizam a tentativa de formação de qualquer CPI na Assembleia Paulista. Para encerrar, uma pergunta fica no ar: de quem é a fabrica de tornozeleiras eletrônicas utilizadas pelos presos paulistas em suas saidinhas.
Não vale citar parentes de parlamentares tucanos, eles são éticos!