Aos 96 anos de idade, o brasileiro João Havelange renunciou a Presidência de Honra da FIFA, alegando problemas de saúde, mesmo motivo que embasou sua renuncia anos atrás do COI - Comitê Olímpico Internacional - , e em ambas as situações os problemas de saúde surgiram quando foi constatado seu envolvimento, ao lado do ex-genro e eterno parceiro Ricardo Teixeira em desvio de verbas, referentes a contratos firmados com a agencia de marketing esportivo, ISL. O Comitê de Ética da FIFA, apontou que Havelange, Teixeira e o paraguaio Nicola Leoz, receberam propinas da hoje falida agência, no valor de R$ 45 milhões de reais. Sabendo de sua culpa e buscando evitar o constrangimento de ser retirado da presidência de honra da entidade que ocupava desde 1998, renunciou na surdina, pouco antes da divulgação do relatório da Comissão de Ética que o condenava, juntamente com seus dois comparsas. Espera-se que a FIFA não conceda a Havelange a pensão vitalícia de R$ 60.000,00 reais, como fez com Ricardo Teixeira, quando este renunciou do cargo de membro do seu comitê executivo, que aliás soma a esta pensão, o valor de R$ 120.000,00 que recebe da CBF, a titulo de consultoria, mesmo residindo nos EUA. A mesma FIFA, cujo secretário-geral Jérôme Walcke afirma com segurança que com menos democracia é melhor para se organizar uma Copa, e que acabou por proibir que o estádio que abrirá a Copa das Confederações, se chame Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, pois para a entidade é necessário se manter a consistência dos nomes dos estádios, deveria imediatamente determinar a mudança do nome do Engenhão, tirando-se o atual nome de Estádio Olímpico João Havelange. Afinal este nome, além de ter muito menos consistência do que o de Mané, ainda representa a homenagem a um homem que comprovadamente sem saber cobrar um lateral, dominou o futebol durante décadas, sempre se locupletando do dinheiro do esporte. Que um dos mais belos estádios brasileiros, hoje interditado, não guarde em suas curvas, os desvios de um cartola. Demorou muito, e felizmente caíram, os barracos de Havelange, Teixeira e Cia.