25 de set. de 2013

IPTU ALTO PARA TAPAR BURACOS

Demonstrando que o dialogo entre Executivo e Legislativo bauruense não é dos melhores, com clara e nítida falta de entrosamento, os vereadores ontem demonstraram de forma unânime sua contrariedade, ao comentarem o projeto do prefeito Rodrigo Agostinho, que estabelece alíquotas diferentes para a cobrança do Imposto Territorial e Predial Urbano, com propostas de reajuste acima da inflação, afinal, os imóveis edificados teriam uma majoração de 30% e os terrenos de 100%, índices que podem ser considerados irreais, ante a ordem econômica nacional. O texto encaminhado a Camara Municipal engloba a revisão da planta genérica, segundo a prefeitura, defasada desde 2005. O próprio líder do prefeito na Camara, vereador Renato Purini questiona os índices de correção, afirmando que vão ter que mecher no projeto, nem que para isso tenha que se rediscutir com o executivo a estimativa de receita para 2014, afinal, são reajustes muito grandes e um dos caminhos que pode ser encontrado é o escalonamento deste aumento ao longo dos próximos anos. Conclui, afirmando que a discussão tem que servir de lição para que o município não passe tanto tempo, sem rever sua planta genérica.
Ora, Rodrigo Agostinho governa a cidade desde 2009, tendo encontrado a prefeitura com dinheiro em caixa e diversos esqueletos no armário, decorrentes de prorrogações de dividas e inchaço da maquina administrativa. Com o crescimento da economia e consequente aumento da arrecadação, nadou de braçada nos primeiros anos de sua administração e agora, no quinto ano, com a queda de receitas e esvaziamento dos cofres, lembrou-se da atualização da planta genérica, resolvendo fazê-la de forma abrupta e altamente lesiva aos bolsos dos contribuintes., demonstrando que infelizmente faltou e falta planejamento em sua gestão. O que o bauruense espera é bom senso por parte da administração e se falta dinheiro, que se enxugue a maquina administrativa, a EMDURB, a COHAB, sem esperar por interferência do Ministério Público.