26 de set. de 2013

FEDERAL, NÂO MAIS!

Cansados de serem da bancada de oposição em Brasília, três deputados federais do PSDB de São Paulo anunciam que pretendem concorrer a Assembléia Legislativa no próximo ano, afirmando que estão frustrados com o papel da oposição e decepcionados  com o esvaziamento do mandato de um deputado que não pertença a base de sustentação do governo e preferem ser deputados estaduais, confiantes de que Geraldo Alckmin será reeleito no próximo ano, e se demonstram confiança na continuidade dos tucanos a frente do governo  em São Paulo, podemos afirmar que não demonstram a mesma certeza em relação a uma possível vitória de Aécio Neves para a Presidência da República, nas eleições de 2014, pois se cogitassem a hipótese, tentariam continuar em Brasília e fazer base da base de apoio de um pretenso governo do senador mineiro. Carlos Roberto, Luiz Fernando Machado e Vaz de Lima, tentam disfarçar, afirmando que o que os move nesta decisão é o distanciamento da base eleitoral, imposto pela rotina de Brasília e que acabam influindo em suas pretensões políticas, tanto que não obtiveram êxito em suas candidaturas a prefeito em 2012 e pretendem disputar novamente em 2016 as prefeituras de Guarulhos, Jundiaí e São Jose do Rio Preto, respectivamente. Segundo Luiz Fernando, ele quer ter a experiência de ficar na cola de Geraldo Alckmin, de segunda a sábado e pensando desta forma, trocar a Camara Federal pela Assembléia não é um fardo e sim, um presente. A decisão do trio, complica o xadrez político do tucanato que não tem nomes de peso para substituir nem Luis Fernando e nem Vaz de Lima, em seus redutos eleitorais. A realidade, triste por sinal, é que estão abdicando da disputa por carência de benesses pessoais que não são reservadas para oposicionistas, demonstrando claramente que efetivamente não possuem um projeto político definido em favor da comunidade e buscam tão-somente o status de serem amigos do rei. Lamentável, mas é o que transparece em suas entrevistas, além, é claro, da virtual derrota preconizada por eles, para o candidato de seu partido, nas eleições presidenciais.

SOLIDARIEDADE NASCE COM SUSPEITA DE MARACUTAIAS

Mesmo sob suspeição de terem adulterado assinaturas para conseguir o número mínimo de apoios exigidos para a formação de novos partidos, o Solidariedade de Paulinho da Força e o PROS – Partido Republicano da Ordem Social -, montado por um ex-vereador do interior de Goiás e agora, ambos tem que organizar uma verdadeira corrida contra o tempo buscando viabilizar filiações de possíveis candidatos para 2014, ao mesmo tempo em que formalizam suas direções estaduais e municipais. Legalizados, os novos partidos devem trilhar caminhos diversos na política nacional, e enquanto o PROS deve fazer parte da base de apoio do governo federal, o SOLIDARIEDADE deve se perfilar com a oposição e compor a coligação tucana que lançará Aécio Neves a presidência da República. Interessante deixar registrado que o SOLIDARIEDADE foi aprovado pelo plenário do TSE, um dia após o Ministério Público Eleitoral ter requerido a abertura de inquérito com a finalidade de se averiguar  a suspeita de crime eleitoral, sustentando haver indícios de irregularidades na obtenção de assinaturas de apoio, com denúncias oriundas dos municípios de Vargem Paulista e Suzano, de nosso estado, onde os chefes dos cartórios eleitorais constataram a falsificação de suas próprias assinaturas. Mesmo com as denúncias, o partido está legalizado e aguarda a filiação de trinta deputados federais, o que lhe garantiria um bom tempo de TV e uma fatia considerável do fundo partidário. Resta saber se em Bauru, existem movimentações para a instalação dos novos partidos e principalmente, se vereadores, pretensamente descontentes com suas atuais legendas, poderiam mudar-se para os novos, sem o risco de perderem o mandato por infração a lei de fidelidade partidária, já que esta não pune quem tem mandato e adentra a um novo partido.Agora, temos trinta e dois partidos aptos a concorrerem as eleições, sinalizando que a reforma política se torna urgente.