28 de mar. de 2013

ENGENHÃO E AS OBRAS PÚBLICAS.

O superfaturamento e inadequado acompanhamento técnico sempre foram o calcanhar de Aquiles das obras públicas no Brasil. Sempre foi dito que as linhas férreas eram sinuosas, cheias de curvas pelo fato das empreiteiras ganharem por quilometro executado e as curvas, muitas delas desnecessárias serviam para aumentar o montante a ser recebido do governo. Hoje, ocupa espaço na imprensa a interdição do Engenhão, estádio de futebol construído para os jogos pan-americanos realizados no Rio de Janeiro em 2007 que apresenta problemas em sua estrutura. O Estádio custou 380 milhões de reais aos cofres públicos e hoje, apenas seis depois de sua inauguração encontra-se interditado, impedindo a realização de toda e qualquer pratica esportiva em suas dependências, inclusive o atletismo, com mais de 100 atletas estando sem local para treinar, considerando que o Maracanã passa por reformas, visando a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. O prefeito do Rio, Eduardo Paes para não fugir da tradição política brasileira, culpou seu antecessor pela situação, como se ele não estivesse no comando da prefeitura carioca, há mais de quatro anos. Denuncias são realizadas diariamente pela imprensa referente ao superfaturamento nas construções e reformas de estádios que irão sediar jogos da Copa das Confederações e do Mundo, sendo que a campeã disparada de denuncias é a Arena Nacional Mané Garrincha em Brasília, que custará mais de um bilhão de reais e para sua conclusão, o governo do Distrito Federal apelou, solicitando ajuda para a ONU. Muitos dos estádios, construídos agora, pouca serventia terão depois dos eventos internacionais, demonstrando a insensatez administrativa brasileira. Com toda a certeza, as denuncias de superfaturamento e de problemas técnicos em suas construções, alimentarão o noticiário nos próximos anos. Para um pais que luta para tirar milhões de pessoas da chamada linha da pobreza, efetivamente torna-se um disparate gastar bilhões de reais, para sediar um evento deste porte, correndo seriamente o risco de ter sua imagem denegrida em virtude de carência de transportes e acomodação necessária para os visitantes que aqui estarão. A verdadeira farra com o dinheiro publico tem que acabar, custe o que custar.

O Brasil e os brasileiros não merecem este gasto supérfluo e superfaturado.