A Comissão Estadual da Justiça e Verdade instalada na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, presidida pelo Deputado Adriano Diogo do PT realizará audiência publica na Camara Municipal de Bauru na próxima terça-feira, dia 2 de Abril, às 14:00 horas, com a finalidade de ouvir familiares, amigos e companheiros de Jaime, Lúcio e Maria Lucia Petit da Silva, nascidos na região e que residiram em nossa cidade na adolescência. Os irmãos Petit participaram da “ Guerrilha do Araguaia” organizada pelo PCdoB nos anos 70 e segundo depoimentos de moradores da região de Xambioá, foram mortos pela repressão depois de subjugados e presos. A audiência publica da próxima terça-feira contará também com a presença do jornalista Ivan Seixas, presidente do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana – CONDEPH – e membro da Executiva do Fórum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo. A Comissão Estadual da Justiça e Verdade realiza trabalhos no sentido de investigar principalmente os casos dos desaparecidos durante o regime militar, caso dos Irmãos Petit. Espera-se o comparecimento na Camara Municipal de militantes das entidades de Direitos Humanos e de ativistas politicos interessados no tema, não podendo se descartar a possibilidade de ser entregue aos visitantes, algum protesto formal contra o atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Camara Federal, Marcos Feliciano, alvo de protestos por tido o Brasil em decorrência de pronunciamentos considerados como racistas e homofóbicos. Apesar da relevância do tema, envolvendo a morte de três irmãos pelo mesmo ideal, sendo que somente Maria Lucia teve seus restos mortais reconhecidos, espera-se que a Comissão investigue igualmente os casos de José Roberto Arantes de Almeida e de Francisco José de Oliveira, que também residiram em nossa cidade na adolescência e do ferroviário da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, Nelson Polastro. Os dois primeiros foram mortos durante sessões de tortura e Polastro, jogado no acostamento da rodovia Anhanguera, entre São Paulo-Campinas, agonizante, pelas torturas recebidas. Também deverá merecer adequada investigação o caso de Márcio Leite de Toledo, morto pelos próprios companheiros da Ação Libertadora Nacional.