Amanhã, vão ser realizadas as eleições para a nova mesa diretora do Senado Federal e por acordo das lideranças partidárias caberá ao PMDB indicar o novo presidente. Este, ou por falta de quadros ou para provocar a opinião pública escolheu Renan Calheiros , um de seus representantes, atolado em denúncias de corrupção, dando um sinal claro de que não se importa com o que a opinião publica acha. Setores da sociedade civil organizada tentam obstaculizar as eleições com fundamentação na ética, na moral e principalmente, na decantada lei da ficha limpa. Não custa recordar que Renan Calheiros, já renunciou a presidência do Senado Federal em 2007, quando uma sua ex-amante denunciou que quem pagava a pensão alimentícia do filho que teve com o parlamentar era um lobista de construtoras que mantinham negócios com o governo. Diz o povo em sua peculiar sabedoria que o lobo perde o pelo, mas não o vício e hoje, prestes a assumir a presidência do Senado, Renan Calheiros enfrenta denúncias diversas de corrupção, trafico de influencia, sonegação fiscal e tantas outras que não caberiam neste espaço. Denúncias recentes dão conta que ele e seu filho Renanzinho que é Deputado Federal contrataram um instituto de pesquisa que por coincidência é de propriedade do marido de uma assessora parlamentar do senador, para a realização de pesquisas eleitorais no município de Murici, em Alagoas, feudo eleitoral dos Calheiros. O detalhe é que as pesquisas foram pagas com verbas de gabinete tanto do Senado como da Camara Federal.Deste jeito é muito fácil viver e fazer política, mantendo amantes, filhos fora do casamento e monitorando a preferência do eleitorado com dinheiro público. A eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado Federal transforma-se em uma grande vergonha nacional e em verdadeiro passa-moleque aplicado pelo PMDB que demonstra claramente não ter o mínimo interesse em resgatar a credibilidade perante a opinião pública. Tanto a credibilidade do partido como a da classe política que rola a cada dia pelas cachoeiras políticas da vida partidária nacional.
31 de jan. de 2013
MANIFESTO AOS SOCIALISTAS DE BAURU
Recebemos, via email, esta manifestação de socialistas bauruenses insatisfeitos com a postura da atual direção municipal do PSB.
Neste ano de 2013, o Partido Socialista Brasileiro deve comemorar os seus heróicos 66 anos de vida.
Na “Vanguarda Socialista” – a voz do PSB - de 7 de março de 1947, dizia Costa Corrêa:
“Mas acontece que nem todos os indivíduos ou agrupamentos políticos que se proclamam socialistas fazem política socialista nesses moldes. Pelo contrário, não é difícil encontrarmos indivíduos que pregam o socialismo em palavras e na prática fazem a política da elite, política que visa à conservação das massas populares sob a tutela de pequenos grupos de “chefes” ou “vanguardas”, o que só pode conduzir a educação das massas para a submissão”.
Já a “Vanguarda Socialista” de 15 de setembro de 1948, ao publicar as decisões da “Segunda Convenção Estadual do PSB em São Paulo”, registrava:
“Foi aprovada uma Moção reafirmando a atitude assumida pelo Partido, na primeira reunião plenária da C. Estadual, realizada no interior, na cidade de Bauru, em face da situação política do Estado. A Moção assinala “o caráter socialmente superficial da referida crise, cujo fulcro político permanece o problema da sucessão presidencial precocemente levantado e abordado exclusivamente do ângulo dos interesses pessoais e regionais”.”
Bauru, portanto, há mais de sessenta anos já contribuía politicamente de forma madura e efetiva para a organização e a linha política do PSB.
Com a refundação dos anos de 1980 – Roberto Amaral está aí para testemunhar – foram revigorados todos os ideais históricos dos pioneiros comandados por João Mangabeira, sendo a luta gloriosa do PSB coroada de êxito, ano após ano, especialmente, na conjuntura atual, com expressivas vitórias eleitorais em todos os Estados, a partir da coragem de Eduardo Campos de enfrentar os desafios que vão sendo colocados aos socialistas brasileiros.
É com essas premissas que os socialistas bauruenses que subscrevem este manifesto conclamam as lideranças e a militância do Partido Socialista de Bauru para que assumam o compromisso histórico de refundar o Diretório Municipal com uma política de organização a altura desse imenso patrimônio de lutas e conquistas, atualmente apequenado e desmerecido pelo abandono.
A indiscutível advertência feita há 66 anos por Costa Correa, na “Vanguarda Socialista” – cuidado com os oportunistas que pregam, sendo o contrário, na prática! – e a Moção de 1948, discutida em nossa cidade, pela correta orientação da linha política do PSB de São Paulo são fatos históricos por demais significativos para merecerem apenas o esquecimento e a indiferença.
Sejamos um Partido Socialista de fato!
Façamos um PSB bauruense de verdade!
Refundação, já!
Bauru, janeiro de 2013.
MOVIMENTO RUBENS PAIVA DE RESGATE DO SOCIALISMO.
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