26 de abr. de 2013

MERCADANTE, ESQUEÇA MEU VOTO!!!

Copiamos este texto do blog da cidadania, de Eduardo Guimarães.

A Folha publicou notícia de que o empresário Octavio Frias de Oliveira visitou frequentemente o Dops e era amigo pessoal do delegado Sérgio Paranhos Fleury, um dos mais ativos agentes da repressão.



A denúncia partiu do ex-agente da repressão, Cláudio Guerra. Recebi a informação perplexo e incrédulo. Especialmente porque militei contra a ditadura militar na dura década de 70 e tive a oportunidade de testemunhar o papel desempenhado pelo jornal, sob o comando de “seu Frias”, na luta pelas liberdades democráticas.



A coluna de Perseu Abramo sempre foi referência da luta estudantil nos dias difíceis de repressão. A página de “Opinião” abriu espaço para o debate democrático e pluralista. A Folha contribuiu decisivamente para a campanha das Diretas Já.



Ao longo desses 40 anos de militância política, mesmo com opiniões muitas vezes opostas às da Folha, testemunho que o jornal sempre garantiu o debate e a pluralidade de ideias, que ajudaram a construir o Brasil democrático de hoje.



E “seu Frias” merece, por isso, meu reconhecimento. Acredito que falo por muitos da minha geração.



Aloizio Mercadante, ministro de Estado da Educação (Brasília, DF)


Quem escreveu esse texto vergonhoso não foi um general de pijama nem um dos barões da mídia, foi um dos fundadores do PT em 1980, vice-presidente do partido entre 1991 e 1999, senador pelo estado de São Paulo entre 2003 e 2010, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil de 2011 a 2012 e que se tornou ministro da Educação no ano passado.



Apesar de Mercadante ser filho de general do Exército, não parece que seja essa a sua motivação para se fazer de desinformado e, assim, dar à Folha o que ela precisava, um depoimento em defesa de Frias pai por parte de alguém que, por ser petista, seria insuspeito de estar mentindo a favor dele – a Folha parece reconhecer que está publicando o depoimento de um adversário político.



Mercadante apenas bajula a Folha como tantos outros petistas que acham que podem ser menos pisoteados pelo jornal se rastejarem diante dele e se ajoelharem em seu altar de mentiras. Mas caso o ministro da educação seja apenas um idiota que chegou aonde chegou sem conhecer a história de seu país, aí vão alguns esclarecimentos a ele.



O homem fardado e a declaração na foto que encima este texto correspondem a Otávio Frias de Oliveira, o falecido fundador do jornal Folha de São Paulo. Imagem e palavras pertencem a momentos distintos de sua vida. Todavia, unidas, explicam quem foi ele.



Frias de Oliveira lutou na Revolução Constitucionalista de 1932, que tentou dar um golpe de Estado contra Getúlio Vargas. Coerente com seu apreço pelo militarismo e pela derrubada de governos dos quais não gostava, apoiou o golpe militar de 1964.



Nesse período, a Folha de São Paulo serviu de voz e pernas para os ditadores que se sucederiam no poder ao exaltá-los e ao transportar para eles seus presos políticos até os centros de tortura do regime.



No dia 21 de setembro de 1971, a Ação Libertadora Nacional (ALN) incendiou camionetes da Folha que eram utilizadas para entregar jornais. Os responsáveis acusavam o dono do jornal de emprestar os veículos para transporte de presos políticos. Frias de Oliveira respondeu ao atentado publicando um editorial na primeira página no dia seguinte, sob o título “Banditismo”.



Eis um trecho do texto:



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Os ataques do terrorismo não alterarão a nossa linha de conduta. Como o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender que no Brasil não há lugar para ele. Nunca houve. E de maneira especial não há hoje, quando um governo sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social-realidade que nenhum brasileiro lúcido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama. [...] Um país, enfim, de onde a subversão -que se alimenta do ódio e cultiva a violência – está sendo definitivamente erradicada, com o decidido apoio do povo e da imprensa, que reflete os sentimentos deste. Essa mesma imprensa que os remanescentes do terror querem golpear.”



(Editorial: Banditismo – publicado em 22 de setembro de 1971; Octavio Frias de Oliveira).



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O presidente da República de então era Emílio Garrastazu Médici. Nomeado presidente pelos militares, comandou o período mais duro da ditadura militar. Foi a época do auge das prisões, torturas e assassinatos de militantes políticos de esquerda pelo regime.



Apesar dos elogios de Frias de Oliveira à ditadura, segundo a Fundação Getúlio Vargas foi no governo Médici que a miséria e a concentração de renda ganharam impulso. O Brasil teve o 9º Produto Nacional Bruto do mundo no período, mas em desnutrição perdia apenas para Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e Filipinas.



O que Aloizio Mercadante fez, não tem nome. Nem covardia e oportunismo definem seu ato. O petista, porém, engana-se sobre a Folha. Se for candidato a governador, ano que vem, terá oposição feroz do jornal. Sua bajulação foi inútil.



Concluo este texto, portanto, com uma promessa: enquanto eu viver, esse político nunca mais receberá um voto meu. Além disso, exorto quem me lê e concorda com o que aqui foi dito a fazer o mesmo, pois quem age como o ministro Aloizio Mercandante agiu não só não merece confiança, mas merece muita desconfiança.


E O NORUSCA?


Criticado por muitos, elogiado e apoiado por poucos, enquanto esteve no comando do Norusca, hoje a ausência de Damião Garcia é sentida por todos.O Norusca há muito tempo não era noticia em decorrência da falta de pagamento de salários ou de encargos sociais de seus atletas e funcionários, e hoje, está ameaçado de perder os direitos federativos de alguns atletas, ocasionando prejuízos aos cofres do clube e também para investidores que acreditaram na direção da maquininha vermelha e investiram, adquirindo parte do passe de atletas e com toda a certeza, não vão querer ficar no prejuízo e irão cobrar a divida, até judicialmente. Se a diretoria não assumiu com dinheiro em caixa e em contrapartida também não herdou dividas da administração da família Garcia, hoje, com certeza, está amealhando problemas financeiros. O cantor sertanejo e empresário, Sorocaba, teria manifestado interesse em patrocinar o clube, com a proposta audaciosa de recolocar o clube na serie A-1, em três anos e em competições nacionais, no prazo de cinco anos, entretanto, teria condicionado o apoio financeiro a troca de comando do clube bauruense. Não custa relembrar, que quando Anis Buzalaf Junior assumiu o comando administrativo do clube, afirmou aos conselheiros que tinha um patrocinador garantido, patrocinador este que desapareceu após suas eleições. De inicio, criou um imbróglio ao marcar reunião com o técnico de futebol ex-jogador do Corinthians, João Carlos e não comparecer para fechar o contrato, pois havia realizado acerto verbal também com Carlos Alberto Seixas, que acabou sendo o escolhido, criando evidente mau estar com João Carlos. Hoje, o comando alvirrubro corre contra o tempo, buscando 50 sócios cotistas que pagariam R$ 2.000,00 reais ao mês e teriam direito a 80% do passe dos jogadores noroestinos, em caso de venda. A grande verdade, é que embora o atual presidente seja um bom empresário na vida privada, no comando do clube vem demonstrando imaturidade e sobretudo, que não é do ramo. Pessoas próximas ao clube, defendem a saída do atual presidente. Se é para o bem da maquininha vermelha, espera-se sensatez e tirocínio por parte de Buzalaf Junior.

AS UVAS ESTÃO VERDES PARA AÉCIO?

O senador e presidenciável tucano Aécio Neves, anunciou que vai apresentar projeto de lei acabando com a reeleição e estendendo os mandatos executivos para cinco anos, apostando na falta da memória popular, afinal, foi o PSDB em meados dos anos 90 que encurtou os mandatos para 4 anos, a partir da eleição de 96. Com a vitória de FHC nestas eleições, entenderam que o tempo era muito curto para desenvolver os projetos que tinham para o pais e já no poder, apresentaram a proposta de reeleição que foi aprovada e entrou em vigor nas eleições presidenciais de 1998, possibilitando a reeleição de FHC. Agora, preocupados com a manutenção do poder pelo PT, anunciam que querem mudar novamente as regras do jogo, como se a legislação em nosso país, tivesse que atender os caprichos e projetos de poder do tucanato. A proposta de Aécio, encontra resistências dentro de seu próprio partido, com o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira, afirmando que se trata de uma proposta lateral que nada diz em relação ao que precisa ser feito para tirar o PT do poder e na realidade, a conjuntura exige propostas plausíveis para o PSDB retomar o poder central, declarando-se a favor da manutenção da atual legislação. O ex-lider tucano na Camara Federal, Arnaldo Madeira, postou no seu twiiter: “Incrível! Voltamos ao supérfluo. Discutir 5 anos de mandato e coincidência das eleições. O passado nos chama”.

Faltando pouco mais de um ano para as eleições presidenciais, o ninho tucano segue agitado, com suas principais lideranças demonstrando publicamente a existência de divergências internas e ainda, enfrentando a possibilidade de Serra e seus apoiadores, abandonarem a legenda, indo para o recém criado PMD. Aliás, nos esforços do PSDB para manter Serra em seus quadros, quem pagou o pato foi o bauruense Pedro Tobias, que anunciou que não irá concorrer a reeleição como presidente estadual do partido, atendendo desta forma as ordens de Geraldo Alckmin , que prefere ter como presidente, alguém afinado com Serra e neste caminho, é quase certo que o PSDB paulista será dirigido pelo Deputado Federal Duarte Nogueira. Uma coisa é certa, se os tucanos não se entenderem dentro do ninho, aparando as arestas internas, mais uma vez chegarão enfraquecidos as eleições presidenciais, facilitando desta forma, a vitória de Dilma Roussef.