10 de jun. de 2013

O ATO COMO FOI

A esquerda brasileira homenageou de forma condigna o bauruense Márcio Leite de Toledo no último sábado, em ato realizado no Memorial da Resistência em São Paulo, organizado pela Secretaria de Estado da Cultura, Núcleo Memória e Verdade e Centro de Estudos Sociais e Politicos, Nossa Memória Ninguém Apaga e Bauru. A mesa, coordenada pelo jornalista Ivan Seixas  contou com a presença de Antonio Pedroso Junior, Beatriz Cintra Labaki  e Renato Leonardo Martinelli e na numerosa platéia estavam, dentre outros o Deputado Estadual Adriano Diogo, presidente da Comissão da Verdade Estadual; o ex-deputado Federal Airton Soares, Zé Dirceu, o ex-senador italiano José Luis Del Royo, as irmãs Marlene e Zeli Toledo, além de sobrinhos, estudantes e membros do Centro Acadêmico da Sociologia e Política, onde Márcio foi presidente. Renato Martinelli, que atuou politicamente com o homenageado no movimento estudantil  e na Ação Libertadora Nacional, além de terem treinado militarmente juntos em Cuba, fez uma exposição sobre o companheiro, enaltecendo suas qualidades morais, éticas e sobretudo preparo intelectual, deixando claro que o torpe ato de justiçamento, decidido e executado por seis integrantes da organização foi realizado sem o  conhecimento da ampla maioria de seus militantes, sendo reprovado desde o início; Bia Labaki, fez um depoimento emocionado sobre Márcio enquanto estudante e dirigente estudantil na Sociologia e Política enquanto Pedroso Junior, fez uma explanação de Márcio enquanto residia em Bauru, falando de sua família e de sua mudança da cidade para estudar em São Paulo. Na realidade, sábado foi o dia em que a esquerda brasileira, resolveu assumir publicamente a responsabilidade pela morte de Márcio Toledo, reconhecendo-o como militante importante na luta pela ditadura e o principalmente, o erro estratégico de sua morte. Descontente com os rumos da ALN, Márcio defendia o recuo estratégico na luta e a unificação das forças que lutavam contra o governo militar e suas teses foram consideradas como vacilação e por isto, foi morto pelos companheiros.Segundo Ivan Seixas, a partir de agora Márcio será reverenciado como verdadeiro herói do povo brasileiro.