Hoje a noite no Pacaembu, o Corinthians experimenta uma novidade amarga em competições, jogando com os portões do estádio fechados e sem a presença da fiel, contra o Milionários de Bogotá pela Taça Libertadores da América. A Comembol proibiu a presença da torcida para todos os jogos do clube nesta primeira fase da competição em decorrência dos lamentáveis acontecimentos ocorridos na Bolívia, onde um sinalizador lançado por torcedores corintianos ocasionou a morte de um jovem boliviano. Em decorrência deste ato impensado e criminoso da torcida o clube além de amargar vultoso prejuízo financeiro, orçado em mais de dois milhões de reais por partida, ainda terá que enfrentar seus adversários com os estádios vazios em clima de jogo treino. A grande duvida que surge é de como será o comportamento dos atletas, dentro das quatro linhas, sem o tradicional apoio vindo das arquibancadas que costuma impulsionar o time em busca de resultados positivos. A força da decantada nação corintiana é inquestionável e reconhecida inclusive por seus adversários. Hoje, sem sombras de dúvidas, jogando para um estádio vazio a expectativa é grande sobre como jogará o time, sem esta força extra e positiva de sua torcida. Será que manterá a vibração e a garra tradicional sem a presença de sua mola propulsora?
E o pior, isto acontece justamente em um momento em que o time não vem bem, voltando a enfrentar problemas extra-campo com o atacante Emerson, herói da conquista da Libertadores do ano passado chegando atrasado em dois treinos e perdendo a condição de titular. Além disso, o time não vence há cinco partidas com sua defesa, praticamente intransponível o ano passado, agora sofrendo gols em demasia. Desta forma, vivendo um momento técnico ruim e sem a vibração das arquibancadas, o time prepara-se para enfrentar o Milionários de Bogotá esta noite no Pacaembu.
O técnico Tite, em uma curta frase, resume toda a situação:
Vamos sentir, podem ter certeza absoluta, vamos sentir.