Depois de muitas negociações e viagens infrutíferas a Brasília, finalmente a Prefeitura vai ter que arcar com $ 291 milhões de dívidas vencidas da COHAB e que encontram-se em fase final de execução na Justiça Federal.Sem sombras de dúvidas vai ser o grande teste da eficiência da Arca de Noé na Camara Municipal que precisará aprovar com os votos de dois terços de seus integrantes o projeto que para lá será enviado, autorizando a municipalidade a comprar a dívida vencida, relativa a 21 núcleos habitacionais construídos pela companhia. Com bem diz o Jornal da Cidade de hoje, a conta é muito maior, fruto de gestões irresponsáveis desde os anos 60 que fizeram com que a dívida se transformasse em uma grande de neve, hoje praticamente soterrando as finanças municipais e a prefeitura tenta nesta cartada, salvar ao menos os anéis, visto que se a COHAB não pagar, a responsável direta pelo pagamento será sua maior acionista, ou seja, a Prefeitura de Bauru e se esta não agir rápido poderá ter as verbas provenientes do Fundo de Participação dos Municípios bloqueadas além de ser incluída no Cadastro de Inadimplentes, estando impossibilitada de receber recursos federais. Realmente a COHAB chegou ao fim do poço e sem possibilidades alguma de honrar seus compromissos. Nossa cidade continua carente de muita coisa, asfalto na periferia, ações na área social, obras para contenção de enchentes, erosões e ao invés de gastar o dinheiro do contribuinte para a melhoria da cidade vai ter que pagar a volumosa dívida da COHAB, em uma situação lamentável para toda a comunidade. Mesmo com a situação falimentar, ela continua funcionando, contratando funcionários, gastando dinheiro sem nada oferecer para a comunidade e necessita ser liquidada de forma urgente, como forma de imediata contenção de despesas. Não se justifica a continuidade de contratações, muitas delas por injunções políticas em uma empresa literalmente quebrada, aliás, já que o prefeito prometeu ousadia e transparência em sua posse, deveria de forma imediata publicar a relação dos funcionários da empresa e seus salários e em atitude de firmeza administrativa fechar as torneiras deste verdadeiro sangradouro das finanças municipais. Com a liquidação da COHAB seria justificável a criação da Secretaria Municipal da Habitação, mas nunca as duas funcionando ao mesmo tempo. Afinal de nada adianta assumir o pagamento das dívidas, se estas continuarem a ser feitas,principalmente neste saco sem fundo chamado COHAB.
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