6 de fev. de 2013

INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA

Finalmente chegou ao nosso Estado, ainda não em nossa cidade, a internação compulsória para os viciados em drogas em uma medida de impacto para tentar se reduzir o consumo de drogas. A internação compulsória começou no Rio de Janeiro e segundo estatísticas divulgadas pelo governo carioca um baixo número de familiares comparece para discordar da medida e tentar levar seus familiares para casa, comprovando a tese de que os dependentes químicos que vivem perambulando pelas ruas das grandes cidades romperam os contatos com o núcleo familiar. O que a comunidade espera é que estas internações compulsórias sejam efetivamente utilizadas para se desintoxicar o usuário e para um preparo psicológico para o seu retorno a vida em comunidade, como previsto na lei 10.216/01 e não, simplesmente para retirá-los de circulação, transformando estes centros de internação em depósito de seres humanos. Acredita-se que o projeto seja revestido da seriedade necessária para que realmente estas pessoas que sucumbiram ao vício das drogas tenham a possibilidade de retomarem uma vida normal. A comunidade e os especialistas entendem que a internação não é um fim e sim, um meio, não visando tão-somente o alívio dos transtornos causados pelos pacientes a sociedade, afinal, esta seria a conseqüência positiva de um programa que todos esperam ser bem sucedidos. A lei como tantas outras, é bem redigida, elaborada e espera-se que não tenha seus objetivos desvirtuados, não sendo utilizada como um tapete sob o qual escondemos o viciado. Se o Estado apenas internar, sem prover a estrutura para o tratamento, ele está instrumentalizando a lei para um fim ao qual ela não serve. A internação vira uma sanção penal, sem devido processo legal e sem lei que a preveja. A comunidade aguarda com ansiedade o sucesso da medida e os bauruenses esperam que as mesmas providencias sejam adotadas, considerando que o combate ao crack foi uma das bandeiras da vitoriosa campanha de Rodrigo Agostinho.

A bola é sua, prefeito, faça-a rolar com carinho.

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