Vivendo e vendo situações no dia de hoje, que jamais pensávamos que um dia poderia ocorrer. O anúncio da presidenta Dilma Rousseff de que o vice-governador paulista Guilherme Afif Domingues será o Secretário Nacional da Micro e Pequena Empresa com status de ministro, mostra claramente o dinamismo e principalmente o pragmatismo reinante na política brasileira. Afif despontou na política, durante o regime militar, quando foi presidente do BADESP e Secretario Estadual de Agricultura, no governo biônico de Paulo Maluf, sendo que posteriormente foi candidato a presidência da República nas eleições de 1989, quando chegou em sexto lugar. Disputou duas vezes o Senado Federal e em ambas as tentativas, foi derrotado pelo senador petista Eduardo Suplicy. Perdeu espaço no atual governo de Geraldo Alckmin ao sair do PFL e adentrar ao PSD, criado por Gilberto Kassab. Agora, com a adentrada formal do PSD no governo federal, foi o indicado para assumir a nova secretaria. Vem sendo tratado com carinho e afago pela presidenta Dilma, que em recente evento na cidade de São Paulo, rasgou elogios a Afif, afirmando publicamente que gosta de um texto onde o novo ministro chama os microempresários de batalhadores. Elogios para cá e para lá, ninguém aponta publicamente os reais motivos da indicação, acertada durante reunião entre Dilma, Michel Temer e o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Articulam-se desde já, as coligações para as eleições do próximo ano e com esta indicação, o PSD torna-se um possível aliado de Dilma. Aliado possivelmente debilitado, pois nos bastidores políticos tem-se como certa a redução substancial da bancada de deputados federais do partido que estariam com as malas prontas para se filiarem ao PMD, de Roberto Freire. O motivo principal deste esvaziamento é que os parlamentares foram para o partido de Kassab entendendo que este seria de oposição e com a migração do comando partidário para a situação, o descontentamento se acentuou. Assim é a politica brasileira, ontem Afif era chamado de filhote da ditadura e a partir de agora, será carinhosamente chamado de companheiro batalhador.
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