Joaquim Barbosa, presidente do STF, em palestra realizada ontem no King’s College London da Universidade de Londres, definiu as prisões brasileiras como verdadeiro horror, ao ser questionado sobre a situação do Presídio de Pedrinhas no Maranhão, afirmando que no ano passado visitou prisões no Brasil e horror é a melhor palavra para definir nossos presídios, acrescentando que os políticos não se importam co tal situação pois não dá retorno político, não dá votos e arrematou dizendo que o Brasil tem uma cultura de violência, onde as vitimas mais freqüentes são os negros.Na mesma palestra Barbosa voltou a negar qualquer pretensão de ser candidato a presidência da República, afirmando que muita gente lhe diz que deveria ser candidato, mas que nunca quis se filiar a partidos políticos e que nem na faculdade teve militância política e que não pretende mudar de opinião e postura, descartando qualquer hipótese de candidatura, afirmando que não se importa que as pessoas que o apóiam são conservadoras ou liberais, e acrescentando que se os liberais gostam do que faz, tudo bem e se não gostam, pouco lhe importa. Durante a palestra, Joaquim Barbosa ainda criticou o preconceito racial no Brasil, afirmando que a discriminação é o mais sério tópico no Brasil e se você quer ser respeitado, tem que incluir os negros na sociedade. Negros e mulatos são a maioria dos brasileiros, mais de 50%, número maior que os previstos nas cotas e entretanto, os brasileiros não gostam de discutir este assunto, arrematando para dizer que a TV brasileira parece a TV da Dinamarca, em decorrência do pouco aproveitamento de negros pelas emissoras. Discorreu igualmente sobre a Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2010 pelo STF e que deverá passar pelo primeiro teste nacional este ano, declarando que é uma lei que grande impacto, porque os corruptos, especialmente politicos, nunca foram condenados até o fim, coisa que segundo ele, está mudando. Joaquim Barbosa está de férias do STF e mesmo assim, parte de sua viagem a Europa, está sendo custeada pelos cofres públicos, pelo fato de proferir palestras na França e Inglaterra, na qualidade de presidente do STF e o paladino da justiça brasileira, já declarou ser besteira discutir este assunto. Será?
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