6 de fev. de 2014

CONTINUA A POLÊMICA SOBRE MÈDICOS CUBANOS!

Antigamente Cuba era acusada de exportar revolucionários para o mundo, além de apoiar movimentos armados em todos os continentes, como no caso especifico do Brasil, onde militantes da esquerda armada foram treinados para a guerrilha, em cursos realizados na chamada Ilha de Fidel, dentre eles o bauruense Marcio Leite de Toledo, tragicamente morto em março de 1971. Hoje, o apoio de Cuba a luta armada é coisa do passado e a exportação que ocorre hoje é na área da saúde, com médicos cubanos atuando por todo o mundo, no combate a doenças e em busca de melhor qualidade de vida para o povo. Entretanto, em nosso país, a vinda de profissionais cubanos tem sido tratada  de forma preconceituosa, coisa que não ocorreu quando Fernando Henrique Cardoso e seu ministro da Saúde, José Serra trouxeram médicos cubanos para atuarem no Estado de Tocantins. Hoje, a grande discussão é sobre a pretensa exploração de mão de obra ou mesmo uma pretensa mão de obra escrava, em decorrência do Brasil estar pagando R$ 10.000,00 reais para cada profissional estrangeiro, em convenio firmado com  a OPAS – Organização Pan Americana de Saúde -, entidade ligada a ONU que repassa os valores para o governo cubano. A grande imprensa e a oposição tem dado destaque ao fato da grande parte desta verba ser destinada ao estado cubano que estaria repassando uma irrisória importância aos seus profissionais, caracterizando a exploração da mão de obra. Entretanto, é bom salientar que do contingente de médicos oriundos de Cuba , que por aqui aportou nos últimos meses, apenas 22 solicitaram desligamento do programa Mais Médicos, sendo que dezessete alegaram problemas de saúde e cinco resolveram retornar para  casa. De todo estes, apenas uma médica até o momento, desligou-se do programa e deseja asilo político nos EUA, número ínfimo, portanto, de desistências. Se os médicos cubanos, aceitam trabalhar desta forma, repassando a maior parte de seus salários para o Estado Cubano para que este continue a formar profissionais de saúde, como forma de fortalecimento de seu país, não cabe a nós brasileiros, julgar e decidir, sobre a  justeza ou não da medida. A nós cabe, sim, torcer para que o programa Mais Médicos seja um sucesso, para que a população brasileira, como um todo, tenha direito a uma assistência médica de qualidade, aliás, não custa relembrar que os cubanos que trabalharam em Tocantins, durante o governo de FHC, assustaram-se ao constatar que no Brasil ainda existe verminose.

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