Imbróglios vão surgindo aos
borbotões na atual campanha eleitoral, com denúncias sendo disparadas para todo
o lado, com cada candidato tentando minar o adversário em seu ponto
pretensamente fraco, com as discussões sobre um plano de governo com a
finalidade de se melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro ficando relegada
a um figurativo segundo plano, como se tal não tivesse importância no presente
momento. Agora surge a relação de parlamentares e executivos beneficiados com
propina da PETROBRÁS, atingindo políticos de diversos partidos e claro, que com
esta denúncia o tucanato pretende fazer com que seu candidato Aécio Neves,
ressurja das cinzas, com o povo esquecendo até das denúncias de construção de
aeroportos em propriedades de familiares do tucano presidenciável, de forma
irregular, enquanto este governava Minas Gerais. Dizem que a delação premiada
aceita pelo funcionário de carreira da PETROBRÁS, Paulo Roberto Costa pode ter
o efeito de um macaco solto em uma loja de porcelanas, com estragos
incalculáveis em mais de uma candidatura presidencial.
Marina da Silva que ainda não
conseguiu explicar de forma convincente o “modus operandi” utilizado para
adquirir o avião que a transportava por todo o Brasil em companhia do finado
Eduardo Campos, alvo de investigações por parte da Polícia Federal com
suspeitas evidentes de ter adquirido com dinheiro proveniente do caixa 2, ou do
Partido Socialista Brasileiro ou do governo pernambucano. E a Sua Santidade
Marina I, defensora impoluta da moralidade com o trato da coisa pública, faz
ouvidos poucos como se não tivesse sido privilegiada com esta maracutaia. De
outro lado, Aécio o herdeiro da privataria tucana, que vendeu nossas empresas
públicas a preço vil e ainda, financiou a venda com recursos do BNDS, tenta
posar de bom menino e de excelente administrador, e esta pose não encontra eco
em seu estado natal, Minas Gerais onde amarga um terceiro lugar nas pesquisas
eleitorais, fazendo jus ao ditado popular: quem não te conhece que te compre e
o povo mineiro, com fama histórica de comprar bondes, ao que parece, anda mais
seletivo ultimamente ou quem sabe, o adágio popular de que santo de casa não
faz milagre, anda prevalecendo em terras mineiras.
E Dilma?
Os adversários a atacam
implacavelmente, tentando desconstruir de forma inapelável seu governo e
subestimando os avanços sociais implantados em sua gestão, como se nada tivesse
sido realizado em benefício do povo. Ora, temos criticas sim, a muitas coisas
do governo de Dilma, entretanto, chama-lo de desgoverno é o fim da picada. O
que precisa mudar, e urgente, é a forma como o político brasileiro age na
política. A ideologia não existe para a maior parte de nossos parlamentares que
busca até de forma insana, benesses pessoais e em troca destas, aprova ou
desaprova projetos de interesse coletivo. Certa vez, Lula afirmou que existiam
centenas de picaretas dentro do Congresso Nacional e mesmo com esta denúncia
pública, os caras não se intimidam e a picaretagem aumenta.
E quem perde com isso?
Claro que é povo, assistindo seus
mandatários permanecendo como reféns de parlamentares inescrupulosos. Vemos na
corrida presidencial, candidatos com forte viés ideológico, que nitidamente
utilizam-se da campanha eleitoral com a finalidade de marcarem posição e
defenderem seus pensamentos políticos, sem nenhuma possibilidade de obterem
êxito em suas empreitadas, fazendo com
que a sucessão se polarize, como no atual momento, entre Dilma Rousseff e
Marina Silva.
Ante o quadro que nos apresenta a
sucessão presidencial, não tenho medo nenhum de afirmar que voto Dilma, pelo
bem do Brasil e não, pela conveniência da burguesia decadente que insiste em
voltar a um passado sombrio, e principalmente, pela inconsistência programática
de sua adversária.
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