- colaboração do camarada Garoeiro -.
Lenine leu as Teses sobre a Questão da Conclusão Imediata de Uma Paz Separada e Anexionista numa reunião dos membros do CC com os funcionários do Partido realizada em 8 (21) de Janeiro de 1918. As Teses foram publicadas em 24 de Fevereiro de 1918 quando a maioria dos membros do CC do partido já apoiava as posições leninistas em relação à conclusão da paz. Para a publicação das Teses, Lénine redigiu um prefácio a que deu o título de Para a História da Questão da Paz Infeliz.
O Governo Soviético, considerando indispensável tirar com urgência a Rússia da guerra, viu-se obrigado a realizar negociações para a conclusão com a Alemanha de uma paz separada. Em 2 (15) de Dezembro de 1917, na cidade de Brest-Litovsk, foi assinado um acordo sobre o armistício que estabelecia a convocação de uma conferência de paz.
A Conferência de Paz começou em Brest-Litovsk no dia 9 (22) de Dezembro de 1917. Nela participaram as delegações da Rússia Soviética e dos países da chamada Quádrupla Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária, Turquia), que apresentaram à delegação soviética reivindicações territoriais dos seus governos. Segundo essas exigências, a Rússia tinha que ceder à Alemanha e à Austria-Hungria um território superior a 150 mil quilómetros quadrados.
Apesar do carácter abertamente de rapina das condições exigidas pelos imperialistas alemães, Lénine insistia na necessidade da conclusão da paz, pois considerava indispensável uma trégua para a consolidação do poder soviético. A posição de Lénine foi objecto de crítica por parte de Trótski e do grupo de "comunistas de esquerda". Estes exigiam o rompimento das negociações, lançaram a palavra de ordem aventureira de "guerra revolucionária" e desenvolveram uma luta feroz contra Lénine e os seus partidários. Trótski, que, na segunda fase das negociações da paz, chefiava a delegação soviética, manifestou uma atitude capitulacionista e declarou que a Rússia Soviética não assinaria a paz mas cessaria as hostilidades e desmobilizaria o exército. Essa declaração provocou o rompimento das negociações, e no dia 18 de Fevereiro os alemães iniciaram uma ofensiva em toda a linha da frente.
Lénine, na reunião extraordinária do CC realizada na noite de 18 de Fevereiro, quando a ofensiva alemã já era um facto, após uma luta dura e prolongada contra Trótski e contra os "comunistas de esquerda" conseguiu obter pela primeira vez uma maioria de votos a favor da conclusão da paz. Na manhã do dia 19 de Fevereiro foi enviada ao governo alemão um radiograma comunicando-lhe a disposição do governo soviético de concluir a paz nas condições que os alemães apresentaram em Brest-Litovsk.
Em 23 de Fevereiro, de manhã, chegou a resposta do comando alemão, exigindo condições ainda mais duras para a conclusão da paz. Na reunião do CC realizada no dia 23 de Fevereiro, durante a discussão do novo ultimato alemão, a dura luta em torno dessa questão continuou. Finalmente o CC manifestou-se por maioria de votos a favor da proposta de Lénine sobre a imediata conclusão da paz nas condições alemãs. O IV Congresso Extraordinário dos Sovietes, que se realizou de 14 a 16 de Março de 1918, ratificou o Tratado de Paz de Brest-Litovsk.
Em 23 de Fevereiro, de manhã, chegou a resposta do comando alemão, exigindo condições ainda mais duras para a conclusão da paz. Na reunião do CC realizada no dia 23 de Fevereiro, durante a discussão do novo ultimato alemão, a dura luta em torno dessa questão continuou. Finalmente o CC manifestou-se por maioria de votos a favor da proposta de Lénine sobre a imediata conclusão da paz nas condições alemãs. O IV Congresso Extraordinário dos Sovietes, que se realizou de 14 a 16 de Março de 1918, ratificou o Tratado de Paz de Brest-Litovsk.
Depois da Revolução de Novembro de 1918 na Alemanha o governo soviético anulou o Tratado de Paz de rapina de Brest.
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