23 de fev. de 2013

PUNIÇÃO AO CORINTHIANS

O que é para ser um espetáculo de recreação para o povo, paulatinamente vai se transformando em  ato de selvageria. Falamos claro, dos jogos de futebol onde a categoria e classe dos jogadores é deixado de lado em decorrência dos acontecimentos ocorridos fora do campo de futebol.  Em Oruro na Bolívia, um sinalizador lançado por torcedores corintianos ocasionou a morte de um jovem de 14 anos e a justiça local  determinou a prisão preventiva de doze corintianos até a conclusão do inquérito policial  que visa identificar quem soltou o sinalizador. Aliás, não custa relembrar que anos atrás, no Maracanã uma torcedora lançou um artefato similar em um jogo entre Brasil e Chile, com o goleiro chileno Roberto Rojas, simulando ter sido atingido, fato este que ocasionou problemas para a CBF. Se o fato que ocasionou a morte de Kevin Douglas Beltrán Espada ocorreu fora das quatro linhas do campo, as conseqüências para o Corinthians começam a ser dentro do campo e na tesouraria. A Conmembol, organizadora da Libertadores determinou em medida cautelar que os próximos jogos da equipe paulista, enquanto mandante, sejam realizados com os portões fechados, sem a presença da torcida e que nos jogos fora, torcedores corintianos não possam comprar ingressos.  A medida cautelar é válida até a conclusão do inquérito na Bolivia e o departamento jurídico do Corinthians já se movimenta na tentativa de cassar a cautelar, alegando que o clube não pode ser punido sem provas e que o sinalizador entrou no estádio por falha na revista normalmente realizada antes do torcedor entrar no estádio. Uma coisa é certa, se mantida a proibição, o prejuízo corinthiano será grande, pois nada menos que 82.000 ingressos já foram comercializados pelo clube para os três jogos da primeira fase da Libertadores, na cidade de São Paulo., incluindo-se o contra o Milionários da Colômbia, na próxima quarta-feira. Para termos uma idéia do prejuízo, mantida a punição, no ano passado o clube arrecadou R$ 14 milhões de reais em seus sete jogos, realizados em casa.  Que este episódio sirva de alerta e que os torcedores se conscientizem que a violência nas arquibancadas só servem para prejudicar o futebol e o clube para que torcem. Que volte o espetáculo do futebol  e que seja banida a violência, é o desejo de  todos amantes do esporte.

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