A polemica está instalada com relação a vinda de médicos de outros países, com a finalidade de atender a demanda da população, especialmente das populações mais carentes que por incrível que possa parecer, não possuem médicos em suas comunidades, obrigando os doentes a se locomoverem, muitas vezes em longas distancias e em meios de transportes precários, em busca do atendimento médico. O Governo Federal anunciou a contratação de médicos cubanos, espanhóis e portugueses, e de uma forma estranha, as entidades representativas da classe médica tem buscado se opor a contratação dos cubanos, elencando uma serie de fatores contrários a vinda destes profissionais. O Conselho Federal de Medicina, alega questão de soberania nacional com a presença de tantos estrangeiros de uma só vez e vai mais adiante, dizendo que os cubanos vem em missão, como brigadistas e em regime de semi-escravidão, ferindo frontalmente os direitos humanos. O interessante, nesta onda de protestos é que em nenhum momento, as entidades representativas dos médicos, apresentam uma solução alternativa para que as populações carentes sejam providas de atendimento médico, demonstrando tão-somente preocupação com uma hipotética reserva de mercado. O caso é concreto, faltam médicos em centenas de municípios brasileiros e o governo não pode e não deve, continuar a assistir mortes de brasileiros sem a devida assistência medica. Se os profissionais brasileiros não aceitam ir para estas localidades, providencias outras tem que ser tomadas e se a importação desta mão de obra especializada é a solução para a questão, que seja colocada em pratica o quanto antes, doa a quem doer. A situação é semelhante a ocorrida em nossa cidade, na década de 80 quando Tuga Angerami e David Capistrano não conseguiam contratar médicos para atenderem nos núcleos de saúde, implantados a época, sendo obrigados a divulgarem os concursos em órgãos da grande imprensa, acabando por atrair médicos de outras paragens para nossa cidade, mesmo a contragosto das entidades médicas locais. Saúde pública não cabe discussão e sim, solução.Se não temos profissionais dispostos a trabalhar nas pequenas localidades no Norte e Nordeste, que venham os estrangeiros, não importando a nacionalidade.
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