20 de jun. de 2013

COPA DO MUNDO E SAÚDE PÚBLICA.

De todas as manifestações ocorridas durante os últimos dias, uma solitária e reduzida a um único cartaz na arquibancada do Castelão, calou fundo nos bauruenses: Queremos hospitais padrão FIFA estava escrito em uma cartolina portada por uma torcedora anônima. Para nós bauruenses, nem precisa ter este padrão e já nos contentaríamos com um padrão CBF, sendo que o mais importante é que cessassem as mortes por falta de vagas nas UTIs. Um fator interessante a ser registrado nesta Copa das Confederações e inauguração oficial de algumas das arenas construídas para sediar este evento e a Copa do Mundo é a elitização da torcida, face aos altos preços dos ingressos que impossibilitam a ida para as tais arenas do povão, amante do futebol. Para este, mesmo morador das cidades que sediam jogos é como se a disputa não estivesse sendo realizada no Brasil, tendo que se contentar em assistir as partidas em casa ou nos bares que possuem telões. Quem dissesse que no pais do futebol, o futebol acabaria virando um espetáculo para ser assistido pelas elites financeiras, com certeza seria chamado de maluco, entretanto, a FIFA não aceitou a continuidade das gerais, com ingresso mais acessíveis, reduziu o tamanho dos estádios e o glorioso Maracanã que abrigou mais de duzentos mil torcedores na final de 50, entre Brasil e Uruguai, terá que abrigar no máximo 78.000 torcedores, sessenta e três anos depois. O publico aumentou n vezes neste período e encolheram os estádios, como se de propósito quisessem alijar o povão de nossas modernas arenas de multi-uso. As declarações de dirigentes da FIFA, são de enriquecer o anedotário mundial : “ excesso de democracia prejudica a Copa do Mundo”; Brasília não pode nominar seu Estádio com o nome de Mané Garrincha”; “Serão proibidas as manifestações nos jogos da Copa “ e tantas outras asneiras, que fazem corar de vergonha aqueles que amam o futebol. Interessante que proíbem Mané, a alegria do povo e toleram Castelo Branco no Ceará. Proíbem um ídolo popular e aceitam um ditador. Talvez por influencia de José Maria Marin, paladino mor na defesa dos torturadores e responsável direto pela morte de Wlado Herzog. Está na hora do futebol aqui e no mundo, mudar de comando. Saírem aqueles que nada entendem do esporte e em seus lugares entrarem aqueles que um dia fizeram o espetáculo. Se a UEFA é presidida por Michel Platini porque a CBF não pode ser dirigida por um Zico, por um Romário ou Ronaldo. Tá na hora de Blatter, Marin e seus comparsas saírem de campo. Pelo bem do futebol.

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