17 de jun. de 2013

MANIFESTAÇÔES E CASSETETE SOCIAL DEMOCRATA


Acho que vou para São Paulo, participar das manifestações de rua para constatar a diferença entre o cassetete da ditadura e o da social democracia.Para bater do jeito que estão batendo, pode ser que aprimoraram o material de fabricação e o de hoje é mais macio que os das tropas comandadas pelos Coronéis Arnaldo Braga e Erasmo Dias.Ligo para Karina, uma antiga amiga de militância política, nos anos 70 e ela me afirma, ainda chorosa com as pancadas recebidas que nem preciso experimentar, pois o de hoje é mais dolorido. Segundo ela, antigamente sabíamos que iríamos apanhar, pois tínhamos a consciência de que lutávamos contra uma ditadura que não hesitava em matar quem se atrevesse a questioná-la e hoje, as cacetadas, os tiros de balas de borracha, as bombas de gás lacrimogêneo são disparados, atiradas por alguém que se diz social-democrata e que está no poder pelo voto popular, voto este conquistado pela mobilização da sociedade civil organizada. Agora, segundo o governador do estado, a polícia está proibida de disparar balas de borracha que andou ferindo muita gente e nada fala sobre os cassetetes. Cassetetes que batem que são enfiados no meio das pernas de manifestantes já imobilizadas, cassetetes que ferem, machucam. Ainda, setores retrógrados da sociedade buscam culpados, acusando o PSTU e o PSol de organizarem as manifestações, acusação esta sem fundamentos e cretina.O povo sai as ruas sem lideranças, movido pela insatisfação gerada pela suntuosidade dos estádios de futebol, pela péssima qualidade do transporte urbano e pelas falcatruas políticas. O povo está levando vinagre para as ruas com a expectativa de diminuir o efeito de gás lacrimogêneo, e isto de nada adianta, afinal, vinagre somente serve para dar azia e destruir neurônios. Vamos ver onde vai parar!

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