Durante o programa eleitoral do PSDB exibido na ultima quinta-feira, a van que conduzia o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, ultrapassou um caminhão, em faixa continua, na contramão. A manobra exibida é considerada uma infração gravíssima, segundo o artigo 203 do Código de Transito, com multa de quase R$ 200 reais para o infrator. O programa teve o senador e postulante à Presidência da República como estrela principal, e no momento da infração o programa mostrava seu deslocamento do Ceará para Mato Grosso, como se Aécio estivesse viajando de van.Depois de exibido o programa, mostrando a infração de transito, o PSDB afirmou por meio de sua assessoria, que o senador não se encontrava no veiculo na hora da filmagem e que não se pronunciaria sobre o caso. Igualmente, a produtora responsável pelo programa, afirmou que as filmagens foram realizadas posteriormente a visita do pré-candidato a Mato Grosso, servindo como imagens ilustrativas, muito embora, no programa, dava-se a entender que o presidenciável viajava pelo Brasil a bordo da Van, para conhecer mais de perto os problemas de nosso país. Não custa recordar que não é a primeira vez que o senador mineiro envolve-se com polêmicas relacionadas a trânsito e tempos atrás, na cidade do Rio de Janeiro, teve problemas com o bafômetro e igualmente, a época, não quis conversar com a imprensa, passando a tarefa para sua assessoria.
O anúncio, realizado durante o programa de que Aécio estava viajando pelo país com uma Van, agora desmentido em virtude da infração gravíssima de transito leva-nos a crer que sua pré-campanha é realizada no país do faz de conta, da boneca Emília do Sitio do Pica-pau Amarelo. Fizeram de conta que viajou de carro e correram a se desmentir, quando pilhados em situação irregular. Lamentável toda esta situação, afinal, o brasileiro precisa acima de tudo, de candidatos que sejam transparentes, éticos, em condições de assumir o comando de nossa pátria e com certeza, estes tipos de efeitos especiais, visando aproximar qualquer candidato dos eleitores, vendendo sua imagem de homem de hábitos simples, em nada colabora para o aperfeiçoamento do regime democrático.
Ou, não?
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