A Frente Parlamentar Evangélica da Camara dos Deputados projeta um crescimento de 30% nas eleições de 2014, esperando passar dos atuais 73 deputados para até 95, ocupando em torno de 18% das cadeiras disponíveis. Especialistas consultados entendem não ser difícil que tal ocorra, afinal, o grupo nunca teve tanta força e com toda a certeza, em um ano de sucessão presidencial,o poder de fogo desse setor da sociedade deve ficar ainda maior, não custando relembrar que nas eleições de 2010, temas considerados para os evangélicos, como o aborto, pautaram a disputa direta entre Dilma e José Serra. Para a cientista política e professora da Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR -, Maria do Socorro Souza Braga, a presença dos evangélicos nunca foi tão grande e o debate pautado pelo segmento, cresceu tanto nos processos eleitorais como no legislativo. Os evangélicos representam atualmente 22% de toda a população brasileira, segundo o IBGE e seus votos é marcado pela fidelidade aos seus líderes religiosos. Hoje, ocorre um confronto dos evangélicos em relação as questões morais e novos posicionamentos, como no caso do grupo LGTB, sendo claro que neste debate os evangélicos são reforçados por integrantes de outras religiões, com vários deputados católicos passando a defender as propostas dos evangélicos. Para o Deputado Jean Wyllys do PSOL/RJ, único parlamentar assumidamente homossexual do Brasil, os partidos ligados aos religiosos já estão se esforçando para pautar as eleições com a temática contra o casamento gay, o aborto e a criminalização das drogas e segundo o parlamentar, querem de maneira geral, rebaixar o debate para questões morais e comportamentais, deixando para um segundo plano os temas que devem ser discutidos com urgência no parlamento. Dentre toda a polemica, uma coisa é certa, o evangélico vem obtendo êxito acentuado em obter representação política e o fazem, d e forma organizada, crescendo de forma acentuada a cada eleição. Representam um peso importante na vida pública e suas vozes tem sido ouvidas, e resta esperar que o crescimento continue de forma ordeira e no campo propositivo, polemico ou não. Afinal, para a democracia vingar e prosperar em nosso país, o estado tem que continuar a ser laico.
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