Durante boa parte do regime militar que governou o Brasil, de forma ditatorial, entre 1964 e 1985, os vereadores de cidades com menos de 200.000 habitantes não tinham direito a subsídios e neste caso, encontrava-se nossa cidade. Até 1975, os edis de nossa cidade não possuíam direito a remuneração e apesar de faltarem candidatos para preencherem as chapas dos dois partidos existentes – MDB e ARENA -, os eleitos dedicavam-se ao trabalho legislativo, com a realização de duas sessões ordinárias por semana, às segundas e quintas feiras, sempre no período noturno. Tinham direito a sanduíche e refrigerantes, com os vereadores que não possuíam veículo próprio sendo conduzidos para suas residências em veiculo oficial da Camara, quando as sessões ultrapassavam o horário do ultimo ônibus circular. Hoje, com a cidade bem maior, somente uma sessão é realizada por semana, impedindo que aqueles que trabalham possam assistir aos trabalhos legislativos. Na proposta de novo regimento interno da Camara, está sendo proposta a realização de duas sessões semanais, no período da manhã, e tal sugestão já está sendo questionada por alguns vereadores, que entendem que a medida não é necessária, defendendo que a realização de uma única sessão é o suficiente. Outra coisa que precisa ser discutida com urgência é o horário das sessões que passaram para o período diurno ante o apagão anunciado durante o governo tucano de FHC, não mais retornando para seu horário tradicional. É claro que a população anda descontente com a classe política e esta precisa adotar posturas para se reaproximar do povo e com certeza, a realização de duas sessões semanais, no período noturno, seria uma alternativa viável para esta reconciliação. Com mais tempo, os vereadores poderiam começar a discutir a cidade e o que queremos para o amanhã, em nossa Bauru. A comunidade precisa voltar a participar das decisões do legislativo, de forma urgente. Ou, não?
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