3 de jan. de 2014
POEMA DO GAROEIRO PARA O CAVALEIRO DA ESPERANÇA
TEM MUITO MAIS LITERATURA DE QUALIDADE
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Garoeiro – Natal, RN, 28 de dezembro de 2013.
[Para: Cavaleiro da Esperança (03.01.1898 – 07.03.1990)]
Na Ilha do Sonho, abandonado,
Morre o velho farol, à luz do dia,
O aviso aos navegantes que acendia,
Seu facho luminoso, apagado.
E a escuridão da noite, a ventania,
As tormentas do curso navegado,
Viram fantasmas, pela escadaria,
Do salvador, agora, naufragado.
Hoje, batéis de estranhos pescadores,
Indiferentes ao mar perigoso,
Fazem a pesca má dos amadores,
E sempre sob um céu maravilhoso.
Mas a torre esquecida em suas dores,
Vencida, sem seu facho luminoso,
Vai vivendo de heróis navegadores,
Que guarda em seu olhar silencioso.
Toda a ilha já é outro lugar,
Nem há mais sonho, sob o firmamento;
Para que, então, este sol de iluminar
No nevoeiro, no furor do vento?
A tristeza do farol se apagar
Não é esta luz, em falta, no momento,
É a certeza que agora navegar
É só mais outro bom divertimento.
Uma felicidade é sedutora
Na atraente promessa de prazer,
E na geral entrega traidora
À insana alegria de viver;
Porém, fora de moda, lutadora,
Fraudada numa forma de sofrer,
Há uma felicidade salvadora
No dom de iluminar para alguém ver !
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