Nem bem assumiu o Ministério da Saúde, Arthur Chioro começa a freqüentar o noticiário negativo, inicialmente em decorrência de investigação que estaria sendo alvo em São Bernardo do Campo, onde era secretário Municipal de Saúde e possuía uma empresa que presta assessora na área de saúde para outros municípios, atividade considerada ilegal e sobretudo, imoral pelo Ministério Público que investiga o caso. Ao assumir o Ministério da Saúde, transferiu as cotas que possuía na empresa para sua esposa em operação que pode ser legal, entretanto, questionada no ponto de vista moral. Chioro não se conteve e ao viajar pelo Brasil a bordo de um avião da FAB, durante o carnaval, para segundo ele, realizar campanha contra a AIDS e Hepatite, composta basicamente na distribuição de preservativos aos foliões, levou ao seu lado, no avião da FAB, a própria mulher. Recife, Salvador e Rio de Janeiro foram as cidades escolhidas pelo ministro para mobilizar a população e coordenar a distribuição de preservativos.Nem se Arthur Chioro fosse um nome conhecido e respeitado nacionalmente, convenceria da necessidade de sua presença nestas cidades para mobilizar os foliões e convencê-los a usar preservativo. Que nos perdoem seus defensores, mas viajar gratuitamente em aeronaves oficiais, levar a esposa de carona e ainda receber uma diária no valor de R$ 2.541, 88, talvez justifiquem a nível particular a viagem, entretanto querer revesti - lá como necessária para a campanha, torna-se verdadeira anedota. Fontes governamentais consultadas garantem que a “carona” é legal, pois não implicou em aumento de gastos para os cofres públicos. Ora, pode ter todo o caráter de legalidade, estar estritamente dentro da lei, entretanto, fere a dignidade do brasileiro, que assiste atônico a esta verdadeira farra do boi, com aviões e dinheiro publico. Diária de dois mil e quinhentos reais, a companhia da mulher em carnavais famosos com viagem gratuita, todo mundo quer. Ou, não?
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