Nas ruas de terra da Bauru
de outrora, o pequeno Dico, também conhecido como Gasolina, assombrava com a
habilidade que tinha com uma rudimentar bola de meia. Saindo de Bauru e levado
pelas mãos de Waldemar de Brito para o Santos Futebol Clube, deslumbrou o mundo
com a bola de capotão, transformando-se em pouco tempo, em ídolo internacional
do futebol, com o apelido de Pelé, deixando para trás, de forma perene as
brincadeiras pelas ruas e campinhos de nossa cidade. Rei do Futebol, Atleta do
Século, foram alguns dos prêmios conquistados pelo filho de Dondinho e Celeste,
reconhecido internacionalmente e em muitos países ainda permanece com sua
imagem em alta, muito embora tenha parado de atuar profissionalmente há quase
quarenta anos e esta imagem, lhe garante polpudos contratos publicitários por
todo o planeta.
Alguns predicados,
entretanto, a fama e o dinheiro não conseguiram trazer ao conhecido Rei Pelé. A
dignidade, solidariedade, e principalmente, reconhecer filhos que teve fora de
seus múltiplos casamentos. No campo pessoal e quando resolve externar seus
pensamentos, Edson Arantes transforma-se em um desastre, confirmando a fala de
Romário: Pelé com a boca fechada é um grande poeta. Durante o governo militar,
um grupo de presos políticos de Santos, conseguiu chegar fazer chegar ate o
Rei, um manifesto, apelando para que este
entregasse para autoridades e organismos
internacionais, denunciando as péssimas condições carcerárias a que estavam
submetidos e o rei, com o papel queimando as mãos, preferiu encaminhá-lo para a
polícia. Posteriormente, defendeu de
forma indireta a ditadura militar, afirmando ser contra eleições diretas pelo
fato do brasileiro não saber votar. Suas atitudes sempre favoráveis ao
autoritarismo e contra os interesses populares.
Coisas de Rei.
Entretanto, uma coisa que
assombra em seu comportamento é justamente sua frieza com relação à filha
Sandra, já falecida e hoje, com seus netos, filhos da filha que a Justiça o fez
reconhecer, através de memorável sentença do juiz bauruense e radicado em
Santos, Dr. Joel Birelo Mandelli. Qual seria o motivo do Rei não querer
conviver com a filha, não lhes prestar assistência quando estava doente, não
comparecer a seus funerais e hoje, ignorar seus netos.
Não é coisa de ser humano
racional.
Não existe idade para o
homem rever seus posicionamentos, conceitos de vida e esperamos que prestes a
completar setenta e cinco anos de idade, Pelé reveja os seus. Afinal, o
propagado amor ao próximo, deve começar pelos mais próximos. Ora, se continuar
agindo desta forma, estará se notabilizando não pelos belos gols marcados nos
campos de todo o mundo e sim, pelos grosseiros gols contras marcados na vida
particular.
Como diria um velho amigo,
a esperança é a ultima a sair correndo!
Oremos!
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