Nesta segunda-feira, violentos protestos foram realizados no bairro de Jaçanã, na Capital do Estado. Os manifestantes protestaram contra a morte, por um policial militar, do adolescente Douglas Martins Rodrigues de 17 anos de idade. A manifestação teve início por volta das 18:00 horas, depois do enterro de Douglas e pelo menos cinco ônibus e três caminhões foram incendiados, com a rodovia Fernão Dias sendo fechada em seus dois sentidos, além de diversas lojas terem sido saqueadas. Homens armados obrigaram passageiros e motoristas a descerem dos veículos, além de durante um saque realizado em uma loja na Vila Medeiros, um homem ter sido baleado na barriga por uma bala disparada por um dos manifestantes. Verdadeiro campo de batalha se instalou na região com manifestantes assumindo o volante de um caminhão tanque e o dirigiram na contramão, assaltando motoristas de veículos que estavam na estrada, acabando por ocorrer confronto com a PM tentando dispersar a multidão com bombas de efeito moral e balas de borracha. O tumulto na estrada federal, fez com que o Secretario de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira telefonasse para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, com a finalidade de estabelecer uma ação conjunta. Ao final das manifestações, noventa pessoas encontravam-se detidas. No contato com o ministro da Justiça, o secretário Grella solicitou que a Força Nacional de Segurança atuasse no local e ainda que uma operação de inteligência fosse montada no local e acabaram por combinar uma ação conjunta com o objetivo de coibirem novos atos de vandalismo. Segundo comentários de bastidores, tucanos reclamaram que a Polícia Rodoviária Federal, responsável pela rodovia Fernão Dias demorou para aparecer. Desde o início das manifestações em junho passado, é a primeira vez que o governo do Estado de São Paulo, solicita ajuda ao governo federal, no sentido de tentar coibir as manifestações, sendo certo que o estopim das manifestações de ontem, foi a morte de um jovem estudante que não reagiu a abordagem da PM e acabou morto por um soldado, que se encontra preso, acusado de homicídio. Entretanto, um erro não justifica o outro e temos que estar conscientes de que a teoria de Talião – olho por olho, dente por dente -, não pode e não deve ser aplicada. Que a Força Nacional de Segurança consiga conter as manifestações violentas, são os desejos de toda a comunidade.
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