19 de ago. de 2013

É DANDO QUE SE RECEBE!

A queda de popularidade e as rebeliões na base aliada fizeram com que Dilma Roussef abrisse a mão, liberando valores recordes de emendas parlamentares na tentativa de acalmar os congressistas que apóiam seu governo dentro do Congresso Nacional e desta forma, tentar afastar a possibilidade de derrotas em matérias de seu interesse, nas discussões e votações do parlamento, além é claro de tentar pavimentar o caminho para sua campanha a reeleição no próximo ano. Apenas nos primeiros nove dias de agosto, as autorizações para despesas incluídas por parlamentares no orçamento, as conhecidas emendas parlamentares, já atingiram o maior montante mensal do ano, com grande folga. Os dados tornam evidente uma nova postura do palácio do planalto, que até a queda dos índices de popularidade de Dilma, submetia os partidos da base aliada a uma ração modesta de recursos orçamentários, o que acabou por levar a discussão e aprovação em primeira discussão, de um projeto que torna obrigatório a execução das emendas orçamentárias apresentadas pelos parlamentares. O escancarar dos cofres públicos para estas emendas é a cereja do bolo que Dilma foi obrigada a servir, a partir do momento que seu projeto de reeleição foi ameaçado. Poderíamos dizer, que custou para Dilma Roussef colocar em prática a teoria de São Francisco de Assis, é dando que se recebe, a preferida disparada dos parlamentares brasileiros, afinal, a presidenta nunca demonstrou apetite para a micropolítica congressual, relegando desde o início a interlocução com o congresso a um segundo nível, além de cercar-se de assessores sem traquejo para dialogo. Enquanto sua popularidade estava alta, até os protestos de junho, a presidenta podia se dar a este luxo e os tais profissionais do parlamento, com o PMDB a frente, eram humilhados,realçando a imagem da Dilma gerente que não se envolvia no jogo sujo, elevando o trabalho desenvolvido por seus marqueteiros. A realidade do dia-a-dia, tem a mania de estragar aquilo que foi planejado e o tombo acentuado nas pesquisas fez o governo se mecher. Aguardemos os acontecimentos, para verificarmos se a estratégia dará certo ou se as pesquisas mostrarem que a queda persiste, os parlamentares cobrarão o atrasado, colocando a vida em ordem e darão no pé, em busca de um porto que considerem seguro.



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