18 de dez. de 2013

MÉDICOS BAURUENSES NA JUSTIÇA!

Se de um lado a Comissão de Saúde da Camara Municipal caminha para o arquivamento das denúncias formuladas pelo Conselho Gestor do Pronto Socorro Central, de que médicos batiam o ponto e não cumpriam a jornada, de outro lado, o Ministério Público ampliou o leque das investigações e investiga a conduta de vinte e dois médicos contratados da Prefeitura de Bauru, que, ao final do inquérito, poderão responder criminalmente por improbidade administrativa e até mesmo, por omissão. As investigações estão sendo conduzidas pelo promotor auxiliar Henrique Ribeiro Varonez que auxilia o titular Fernando Helene Masseli em casos que envolvem saúde pública e estão arrolados como suspeitos,  médicos do Pronto Socorro Central, Pronto Atendimento Infantil e rede básica de saúde, tendo sido ampliada a partir das denúncias do Jornal da Cidade e da Jovem Auri Verde de que médicos relutavam em aceitar o ponto eletrônico, por não cumprirem integralmente as jornadas pelas quais recebiam. O Ministério Público requereu documentos aos outros prestadores de serviço na área da saúde da cidade, com a finalidade de cruzar dias e horários em que médicos prestaram serviços nestes locais e os que estiveram ou deveriam ter estado cumprindo plantões na saúde municipal., não deixando de considerar que muitos destes profissionais, ainda possuem consultório particular, configurando múltiplos empregos e a investigação é para saber se estavam em dois locais de trabalho, ao mesmo tempo e para tanto, foram solicitados documentos a prefeitura.Não se comenta se as declarações de Rodrigo Agostinho, afirmando que tinha conhecimento da pratica de parte dos médicos municipais de não cumprirem suas jornadas e que tal fato era uma tradição difícil de ser alterada, afinal, na letra fria da legislação, as suas declarações podem ser interpretadas como conivência com a pratica ilegal. Não custa recordar a declaração da médica Marli Faria: “Aos olhos da população, o médico foi contratado e tem que cumprir jornada de quatro horas. Aos nossos olhos, não deve ser assim”, demonstrando o grau de superioridade que os médicos supõem possuir. Aos omissos e fraudadores da jornada de trabalho, encerramos com uma frase de Dante Alighieri:  No inferno os lugares mais quentes estão reservados para aqueles que escolheram a neutralidade e a omissão, nesta vida.

Nenhum comentário: