15 de set. de 2013

FALTA DE RESPEITO?

Os vereadores de Bauru, em uma atitude praticamente inédita na história recente de nossa cidade, suspenderam a realização de audiência pública que buscava tratar do aditivo para a conclusão das obras do viaduto inacabado, ligando o centro da cidade com a Vila Falcão. O adiamento ocorreu pelo fato da Secretaria de Obras  não ter encaminhado com antecedência a planilha técnica que justifique o aporte de mais recursos financeiros para execução dos trabalhos e nem, minuta do aditivo a ser celebrado com a empresa responsável pelas obras. O vereador Markinho da Diversidade, autor do pedido,  suspendeu a audiência e criticou o secretário de Obras Sidney Rodrigues, afirmando que este agiu com falta de respeito para com os vereadores. O vereador havia solicitado informações no dia 13 de agosto e em principio, a audiência publica seria realizada dia 15 do mesmo mês, tendo sido adiada a pedido da prefeitura. Na tribuna da Camara, o secretário de Obras, solicitou desculpas caso tenha ocasionado algum transtorno e que não apresentou as planilhas porque valores e serviços ainda estão sendo negociados com a empresa responsável pelas obras. Ora, se não tinha documentos para comprovar a necessidade do aditivo pleiteado, deveria ter comunicado o legislativo e suspenso novamente a audiência. Comparecer de mãos vazias, sem ter o que comprovar efetivamente á falta de respeito e consideração ao poder legislativo. Após o vereador Marquinho ter solicitado a suspensão da audiência, o presidente da Camara Sandro Bussola reclamou publicamente que a prefeitura tem tratado a Camara Municipal como sua edícula  e foi incisivo ao afirmar que o legislativo não é uma extensão do executivo. Claro que não, e a independência entre os poderes deve ser respeitada e nenhum governante tem o direito de querer transformar o legislativo em um cartório particular para legitimar seus atos, mesmo aqueles, ilegítimos. Espera-se que a prefeitura, através do prefeito e sua equipe, comecem a conceder o devido respeito ao legislativo e claro que, o respeito não fica caracterizado pela nomeação em cargos de livre provimento, de indicados pelos integrantes da base de apoio no legislativo.

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