Gylmar dos Santos Neves, ou simplesmente Gylmar, marcou época no futebol brasileiro, defendendo o Jabaquara de Santos, o Corinthians e o Santos Futebol Clube, além de ser goleiro titular da seleção brasileira na campanha vitoriosa de 1958 na Suécia e no bicampeonato mundial de 62 no Chile. Fez história por onde passou, tendo sido campeão do IV centenário de São Paulo pelo Corinthians, em 1954, diversas vezes campeão paulista e o titular da equipe do Santos F.C. quando este foi bicampeão mundial interclubes pelo Santos. Diferenciava dos demais atletas de sua época por sua elegância e simpatia, sempre jogando com um sorriso no rosto, e quando as vezes falhava, batia nos ombros como se estivesse tirando pó, batia palmas e estimulava os companheiros:
Vamos lá! Aqui não entra mais nada!!
E não entrava mesmo.
Aliás, seus ombros, acolheram o então menino Pelé aos prantos, em uma imagem histórica do futebol mundial, depois da conquista em campos suecos. Foi o grande responsável para que os goleiros aposentassem as joelheiras e cotoveleiras, indumentárias utilizadas pelos goleiros até a sua época. Por ironia do destino, morreu no dia em que completava 83 anos de idade.
Ontem também faleceu Nilton de Sordi, lateral direito que atuou por mais de uma década no São Paulo F.C e foi o titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 58, tendo sofrido uma contusão na partida da semifinal, acabando por ficar de fora na decisão, cedendo seu lugar para Djalma Santos, outra legenda do futebol brasileiro, recentemente falecido.
Gylmar e De Sordi, além de marcarem época como atletas vencedores igualmente pontuaram suas vidas particulares pela ética e dignidade, podendo serem citados desta forma, como exemplos de brasileiros que deram certo e que, buscavam transmitir a amizade, solidariedade e a dignidade para seus familiares, e a todos que com eles conviveram.
Com suas presenças, a seleção celestial começa a ficar imbatível.
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